quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Cientistas descobrem segundo código genético

Ao invés de se concentrar nas proteínas, este DNA instrui as células sobre como os genes são controlados


   Há muito tempo os cientistas acreditavam que o DNA diz às células como produzir proteínas. Mas a descoberta de um segundo código secreto de DNA, nesta quinta-feira, sugere que o corpo na verdade fala dois idiomas diferentes.
  A descoberta, publicadas na revista Science, pode ter fortes implicações em como especialistas médicos usam os genomas dos pacientes para interpretar e diagnosticar doenças, afirmaram os pesquisadores.
  O recém-descoberto código genético, encontrado no interior do ácido desoxirribonucleico, o material hereditário existente em quase todas as células do corpo, foi escrito bem acima do código de DNA que os cientistas já tinham decodificado.
  Ao invés de se concentrar nas proteínas, este DNA instrui as células sobre como os genes são controlados.
  Sua descoberta significa que o DNA muda, ou que mutações que ocorrem com a idade ou em resposta a vírus podem fazer mais do que os cientistas pensavam anteriormente.
  "Por mais de 40 anos, presumimos que as mudanças no DNA que afetam o código genético impactavam unicamente a forma como as proteínas são feitas", disse o principal autor do estudo, John Stamatoyannopoulos, professor associado de ciência do genoma e de medicina da Universidade de Washington.
  "Agora nós sabemos que esta suposição básica sobre a leitura do genoma humano está incompleta", afirmou.
  "Muitas mudanças no DNA que parecem alterar a sequência das proteínas podem na verdade causar doenças interrompendo programas de controle genético ou inclusive ambos os mecanismos simultaneamente", prosseguiu.
  Os cientistas já sabiam que o código genético usa um alfabeto de 64 letras denominado códons. Mas agora os pesquisadores descobriram que alguns desses códons têm dois significados.
  Denominados "duons", estes novos elementos da linguagem de DNA só têm um significado relacionado ao sequenciamento proteico e outro que é relacionado ao controle genético.
  As últimas instruções "parecem estabilizar certas características benéficas das proteínas e de como são feitas", destacou o estudo. A descoberta foi feita como parte de uma colaboração internacional de grupos de pesquisa conhecidos como projeto Enciclopédia do Elementos de DNA ou ENCODE.
  Ele é financiado pelo Instituto Nacional de Pesquisas do Genoma Humano com o objetivo de descobrir onde e como as direções de funções biológicas são armazenadas no genoma humano
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FONTE: EXAME.COM ( http://exame.abril.com.br/ciencia/noticias/cientistas-descobrem-segundo-codigo-genetico)

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O LAGO QUE TRANSFORMA ANIMAIS EM PEDRA

  O Lago Natrom possui água com temperaturas até 60 graus Celsius e alta alcalinidade (PH superior a 10,5), e petrifica qualquer ser vivo que se atreva a tocá-lo.
  O fotógrafo Nick Brandt viajou para a norte da Tanzânia para retratar esse fenômeno, considerado um dos espetáculos mais impressionantes da natureza.
   Embora ninguém possa explicar ao certo como as criaturas fotografadas morrem, acredita-se que a superfície da água gera um reflexo perfeito, confundindo os animais, que acabam colidindo com a água. Depois do “banho “acidental o alto teor de sal e sódio faz o corpo dos animais a se calcificar.


   O nome Natron deriva exatamente da substância, chamada Natron, também conhecida como carbonato de sódio, um sal proveniente de cinzas vulcânica acumuladas sobre o Great Rift Valley. Por incrível que pareça, este lago tem vida. Nele habita espécies de Tilápia, que se adaptaram ao ambiente hostil ao longo de milhões de anos.



ESPECIALISTAS IDENTIFICAM ESTRANHO ANIMAL ENCONTRADO NO ÁRTICO


   Um grupo de especialistas canadenses conseguiu identificar um dos peixes mais exóticos nas águas geladas do Ártico canadense. Finalmente, após diversos dias de pesquisas foi determinado que se trata de um animal da espécie das quimeras, cujo nome científico é Rhinochimaeridae, com nariz longo e pontudo, de acordo com informação do grupo da Universidade de Windsory. O animal se assemelha bastante ao tubarão-duende, o que no começo confundiu bastante os biólogos.
   As quimeras de nariz comprido são reconhecidas por sua cauda longa e afilada e sua cavidade nasal pronunciada, características idênticas às do tubarão-duende e de algumas arraias. Até agora, este tipo de peixe só havia sido encontrado nas águas do Estreito de Hudson, e os especialistas afirmam que a espécie vive geralmente entre 1000 e 2000 metros de profundidade, razão pela qual não é comum encontrar exemplares.


FONTE: HISTORY CHANNEL

sábado, 7 de dezembro de 2013

A mulher de 92 anos que deu a luz a um feto de 60 anos

   Este caso pode parecer estranho e irreal, mas é um totalmente verídico. Huang Yijun, uma idosa chinesa já com 92 anos “deu à luz” a um litopédio, conhecido também como “Stone Baby” (de lito – pedra, pedo – criança; “criança de pedra”). Litopédios são fenômenos bastante raros que começam normalmente com a fixação do óvulo fecundado fora do útero resultando em uma gravidez ectópica, geralmente nas tubas uterinas que quando morto, acaba calcificando ainda dentro do corpo da mãe. De acordo com um artigo da Journal of the Society of Medicine, pouco mais de 250 casos de litopédio foram registrados até 1996 e duram em média 22 anos. Acredita-se que muitos destes fenômenos se passam sem se quer ser diagnosticados.
  Quando um feto em estágio avançado de desenvolvimento morre, sua expulsão ou absorção natural pelo organismo é muito difícil e então, em casos raros, inicia-se lentamente um processo de calcificação resultando em litopédio. O processo ocorre como uma forma do organismo de proteger o corpo da mãe de uma infecção devido ao processo de decomposição do feto.
   O caso de Huang Yijun foi duplamente atípico pois além de desenvolver uma “gravidez pétrea”, o fenômeno durou pelo menos 60 anos. Huang engravidou em 1948 e o feto morreu ainda em seu corpo. Sem dinheiro, Huang resolveu não tomar nenhuma providência e esperar que o próprio corpo expulsasse o feto. O tempo se passou, um litopédio se desenvolveu e ficou “hospedado” no corpo de Huang por cerca de 60 anos e só em 1998 foi descoberto e retirado.


Fonte:  NBCNews

Pesquisadores encontram criatura nunca vista antes, na Antártida


Sob a capa de gelo da Antártida se enconde um mundo ainda desconhecido e bastante estranho para nós. Uma recente descoberta mostra como a vida pode evoluir e se adaptar aos ambientes mais hostis. Este é o caso de uma incrível criatura, com tamanho de um camarão, encontrada durante uma expedição ao continente gelado. As imagens permitem observar um animal de uns seis ou sete centímetros, com uma poderosa mandíbula, que compreende quase toda a cabeça da criatura, e quatro espécies de presas afiadas. O achado engrossa a lista de animais ainda desconhecidos da ciência, um número que vem aumentando como nunca nos últimos dez anos. A expectativa é que após a divulgação desta descoberta, colaborares e biólogo ao redor do mundo possam contribuir com seus conhecimentos para que alguma luz seja lançada sobre este enigmático animal e com quais espécies ele poderia estar relacionado.



quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Descoberto o ornitozila, o novo antepassado do ornitorrinco


   O ornitorrinco (Ornithorhynchus anatinus) é uma das espécies mais curiosas do mundo animal. Monotremados, como o equidna – ou seja, que põem ovos e produzem leite – esses animais semiaquáticos têm uma aparência muito peculiar: bico de pato, rabo de castor e patas de lontra, o que os ajuda a nadar e a escavar.
  E quando pensávamos que esses mamíferos já haviam nos surpreendido por completo, cientistas da Universidade de Colúmbia e de Nova Gales do Sul descobriram uma espécie maior, que viveu na Austrália entre cinco e 15 milhões de anos atrás. Trata-se do “ornitozila” (Obdurodon tharalkooschild), um ornitorrinco de um metro de comprimento, mais de duas vezes maior que a espécie atual.
  A pesquisa, publicada na revista Journal of Vertebrate Paleontology, sugere que esses animais têm uma história evolutiva muito mais complexa do que se pensava. A descoberta se deu com o achado de um dente inscrutado em uma pedra de calcário, em Queensland. Depois de passar alguns anos em um armário, a palentóloga Rebecca Pian removeu o dente da pedra e rapidamente o associou a um ornitorrinco. Mas ao analisá-lo mais de perto, ela e sua equipe de pesquisadores concluíram que o animal era consideravelmente maior do que qualquer espécime atual.
   Segundo os pesquisadores, o “ornitozila” era um mamífero aquático que vivia perto de fontes de água doce nas florestas de Riversleigh. Quanto à aparência, o dente não fornece muitos detalhes, mas acredita-se que a espécie seria muito semelhante aos ornitorrincos atuais, com duas diferenças fundamentais: o tamanho e a presença de dentes, que o ajudariam a comer caranguejos, crustáceos e também pequenos vertebrados, como sapos e tartarugas.
   Até agora, os biólogos conheciam apenas quatro espécies extintas de ornitorrinco. Todas viveram em épocas diferentes, e por isso, acreditava-se sua árvore evolutiva seria simples e linear. No entanto, a nova descoberta traz à tona um novo ramo da espécie, o que incentiva os pesquisadores a procurar novos fósseis para saber mais sobre esse enigmático animal.
   Atualmente, os ornitorrincos vivem na Austrália e Tasmânia, e são carnívoros que caçam embaixo d´água: eles fecham os olhos e orelhas, e localizam suas presas – vermes , larvas e crustáceos – por meio do olfato. Na fase adulta, eles não têm dentes e mastigam com suas gengivas acolchoadas.
   Em terra, encolhem as unhas para se locomover com mais facilidade e cavam tocas nas margens dos rios. Dentro delas, as fêmeas cuidam dos filhotes, que nascem de ovos e são amamentados por glândulas mamárias quase imperceptíveis.
   Uma das características mais impressionantes do ornitorrinco é que os machos são venenosos: possuem um ferrão afiado nas patas traseiras, que usam para intoxicar seus predadores.
   Embora os ornitorrincos não estejam ameaçados de extinção, a caça ilegal e a alteração de seu habitat representam sérias ameaças à sua sobrevivência. Caçados durante muitos anos por sua pele macia, atualmente estão protegidos pela legislação australiana.


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Cães modernos surgiram na Europa há pelo menos 19 mil anos, diz estudo

Cientistas fizeram análise detalhada de DNA de cachorros, lobos e coiotes.
Outras teorias creem que animal apareceu 1° na Ásia ou no Oriente Médio.


Esqueleto canino de 8.500 anos enterrado no sítio arqueológico Koster, em Illinois, EUA.
(Foto: Center for American Archaeology/Del Baston/AP)

   Uma análise detalhada de DNA apontou que os cães modernos surgiram na Europa entre 19 mil e 32 mil anos atrás, durante o período geológico Pleistoceno, segundo um novo estudo publicado nesta sexta-feira (15) na revista "Science".
   Pesquisas anteriores haviam sugerido, no entanto, que a origem do melhor amigo do homem seria o Leste Asiático ou o Oriente Médio. Especialistas elogiaram os atuais resultados, mas alertaram que o debate sobre qual teoria é verdadeira não deve terminar tão cedo.
  Todos concordam, porém, que os cães se originaram dos lobos e provavelmente se associaram aos seres humanos atraídos por alimentos ou restos de animais descartados por caçadores e coletores. Durante um longo processo, os cães foram domesticados e se mostraram úteis para caçar e proteger seus donos.
   Para chegar a essas conclusões, os autores coletaram amostras de DNA de 18 fósseis de animais semelhantes a lobos e cachorros que viveram há 36 mil anos em países como Argentina, Bélgica, Alemanha, Rússia, Suíça e EUA.
   Os cientistas então compararam esse material genético com amostras modernas de 49 lobos da América do Norte, Ásia, Europa e do Oriente Médio, além de amostras de quatro coiotes e 77 cães de uma grande variedade de raças.
   Segundo os pesquisadores, o DNA dos cães modernos mostrou grandes semelhanças com o de antigos espécimes europeus e também com o dos lobos europeus modernos. Eles destacam, ainda, que esses animais surgiram antes do aparecimento da agricultura.
   Robert Wayne, da Universidade da Califórnia em Los Angeles e um dos responsáveis pelo estudo, disse que agora há três possíveis hipóteses sobre as origens dos cães e que o tipo de lobo que deu origem a esses animais domésticos já foi extinto.
   Outro autor, Olaf Thalmann, da Universidade de Turku, na Finlândia, afirmou que a descoberta não significa que a Europa tenha sido o único lugar onde os cães apareceram pela primeira vez.
   "Concluímos que a Europa desempenhou um papel importante no processo de domesticação canina", ressaltou.

Vista lateral de crânio de lobo da era geológica Pleistoceno. Fóssil de 26 mil anos, ainda com dentes,
foi encontrado em caverna da Bélgica. (Foto: Royal Belgian Institute of Natural Sciences/AP)
FONTE: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/11/caes-modernos-surgiram-na-europa-ha-pelo-menos-19-mil-anos-diz-estudo.html