quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Barulho de trânsito faz gafanhotos 'cantarem' mais alto, diz estudo

Pesquisa alemã comparou volume de insetos de ambientes diversos.Ruído exagerado dos humanos pode prejudicar reprodução dos animais.

   Conhecidos por seu "canto", os gafanhotos ajustam o volume da melodia diante do barulho do trânsito, revela um estudo publicado nesta terça-feira (13) pela revista "Functional Ecology", da Sociedade Britânica de Ecologia.
   Estudos anteriores já haviam identificado o impacto de um ambiente ruidoso nos sons emitidos por pássaros, baleias e até rãs, mas esta é a primeira vez que o fenômeno é observado entre insetos, destaca a Sociedade Britânica de Ecologia.

Gafanhotos usados na pesquisa viviam perto de vias barulhentas (Foto: Ulrike Lampe/Universidade de Bielefeld)
   Uma equipe de biólogos da Universidade de Bielefeld (Alemanha), dirigida por Ulrike Lampe, capturou 188 espécimes do machos de gafanhotos Chorthippus biguttulus, que têm um canto metálico característico. Metade foi capturada em locais tranquilos e a outra metade em zonas próximas a estradas de muito movimento.
   O "canto" destes gafanhotos, que na realidade produzem o som ao esfregar as patas posteriores nas asas dianteiras, tem a função de atrair as fêmeas.
   Os cientistas analisaram em laboratório as diferenças entre os "cantos" dos dois grupos de gafanhotos, incitados pela presença de fêmeas, e concluíram que os insetos capturados próximos as estradas produzem sons diferentes dos demais.
   "Constatamos que em ambientes ruidosos os gafanhotos aumentam o volume da parte de baixa frequência de seu canto. Algo lógico, já que o ruído do tráfego pode ocultar sinais nesta parte do espectro" sonoro, explicou Lampe.
   Segundo os cientistas, estes resultados são importantes porque evidencia que o ruído do tráfego pode transtornar o sistema de reprodução dos gafanhotos, "impedindo que as fêmeas ouçam corretamente os cantos nupciais dos machos".

FONTE: G1

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Manipular Informação é a Gota D'Água


Por que o nariz escorre quando choramos?

Todo mundo já chorou pelo menos uma vez na vida e sabe que a tendência é que ao chorar recebemos de brinde o nariz escorrendo. Por que isso acontece?

Porque quando choramos produzimos mais acetilcolina, um neurotransmissor que aumenta a quantidade de secreção nasal. Quando rolam as lágrimas, ela é liberada pelo sistema nervoso parassimpático e faz a mucosa nasal, a parede interna do nariz, produzir mais secreção, formada por muco e por um fluido chamado transudato seroso. "O organismo produz, em média, 2 litros desse líquido por dia. Ele deixa o ar que respiramos mais úmido e é reabsorvido sem notarmos", diz Fabio Pinna, otorrinolaringologista do Hospital das Clínicas de São Paulo. A 
acetilcolina ainda diminui a freqüência cardíaca, dilata as pupilas, aumenta a salivação e o diâmetro dos vasos sanguíneos. Por causa disso, a região do nariz incha, levando a uma resistência à passagem do ar. E, com a secreção, entope mesmo! A consistência da secreção varia, mas é mais líquida que o ranho - espesso porque leva restos de células inflamatórias oriundas de gripes e sinusites.

Lágrimas e fungadas. Do começo do choro à produção da secreção são apenas alguns segundos

1. Você passou por uma situação de extrema tristeza. Na mesma hora em que vai batendo aquela emoção incontrolável, seu cérebro envia estímulos para as fibras do sistema nervoso parassimpático espalhadas por várias partes e órgãos do corpo

2. Quando as terminações nervosas do sistema parassimpático estimulam as glândulas lacrimais, localizadas acima das órbitas oculares, começa a choradeira. As lágrimas descem pela superfície dos olhos e um pouco cai direto pelo duto nasal

3. Enquanto isso, a acetilcolina do sistema parassimpático provoca o aumento da secreção do nariz, produzida por células e glândulas da mucosa nasal. A maior quantidade de secreção quando se chora não tem nenhuma função específica

4. Pouco depois, começa o funga-funga e escorre do nariz uma mistura de secreção nasal e lágrimas. Ao parar de chorar, isso diminui por não haver mais lágrimas saindo pelo duto nasal, mas a acetilcolina produzida ainda age no corpo por um tempo

Pesquisa chinesa faz contagem de espécie ameaçada de boto

Animal chamado informalmente de 'porco do rio' vive no Yang-tsé.Em 2006, havia apenas 1,8 mil animais da espécie.

    Cientistas chineses começaram neste domingo uma pesquisa para recontar a população de uma espécie de boto que está em extinção. Conhecida informalmente como “porco do rio” em mandarim, essa variação do boto-do-índico vive apenas nas águas do Rio Yang-tsé, o maior do país.
    A contagem mais recente, conduzida em 2006, encontrou apenas 1,8 mil destes animais. Para o estudo recém-iniciado, as estimativas são ainda mais baicas.

Espécie de boto ameaçada vive no Rio Yang-tsé, na China (Foto: Michel Gunther/WWF/AFP)

“Nossa expectativa é de que haja talvez apenas mil deles, mas temos que ver qual vai ser o resultado da pesquisa”, afirmou Wang Ding, pesquisador do Instituto de Hidrobiologia da Academia Chinesa de Ciências.    Apesar de não ser um alvo comum de pescadores, a espécie é ameaçada pela presença humana de duas maneiras. Por um lado, alguns botos morrem em colisões acidentais com barcos ou em acidentes de pesca. Por outro, a poluição do rio reduz a oferta de alimentos.
   Segundo estimativas da organização não governamental ambientalista WWF, que também participa do estudo, a espécie pode ser extinta em até 15 anos, caso nenhuma providência seja tomada.

FONTE: G1

sábado, 10 de novembro de 2012

Corais enviam 'aviso químico' para peixes devorarem algas tóxicas

   Cientistas descobriram que uma espécie de coral envia "avisos químicos" para peixes para que eles devorem algas tóxicas, que causam danos a barreiras de corais e podem ameaçar a espécie. A pesquisa, realizada pelo Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, foi publicada no site da revista "Science" nesta quinta-feira (8).   O crescimento excessivo de certos tipos de algas é um problema para os corais e ocorre devido a várias situações, como a diminuição da população de peixes no mar e as mudanças climáticas, afirmam os cientistas.

Peixe da espécie 'Gobiodon histrio' se aproxima de alga tóxica em região de corais
 (Foto: Divulgação/Danielle Dixson/'Science')

    Liberando substâncias químicas na água, os corais da espécie Acropora nasuta "recrutam" peixes de duas espécies (Gobiodon histrio e Paragobiodon enchinocephalus) que estejam próximos para que eles devorem as algas. Isso reduz danos que poderiam ocorrer às barreiras de corais, segundo a pesquisa.
    A liberação da substância ocorre quando as algas entram em contato com os corais, aponta o estudo. A "contrapartida" é que os peixes tornam-se mais tóxicos, o que os ajuda a evitar ataques de predadores.
   A relação é considerada mutualística e parecida com a que existe entre formigas e árvores acácias, afirmam os pesquisadores.

FONTE: G1

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Após recordes de calor, frente fria derruba temperaturas pelo país

   A chegada de uma frente fria às regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil já derrubou as temperaturas de algumas cidades brasileiras que vinham registrando recordes de calor até esta quarta-feira (31).
   De acordo com meteorologistas, em determinadas localidades haverá queda de até 10 ºC -- caso de São Paulo -- e chuvas intensas, principalmente na área litorânea que segue do norte de Santa Catarina até o sul da Bahia.
   As chuvas poderão refrescar regiões que enfrentam estiagem há pelo menos quatro meses. Segundo meteorologistas, essa seca pode ter influenciado a elevação recorde das temperaturas na primavera.
   Nesta quarta-feira (31), Belo Horizonte (MG) teve a maior máxima dos últimos cem anos, com termômetros marcando 37,1ºC. No mesmo dia, a cidade de São Paulo registrou 36,6 ºC, recorde em 2012 e o maior registro para a primavera desde 1940, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
“A seca que acontece no Brasil desde o inverno influenciou no regime de chuvas, que ameniza as temperaturas. No entanto, na região Sudeste não chove de forma intensa há pelo menos quatro meses. No Nordeste, há relatos de estiagem de dez meses. A não normalização das chuvas impede que a atmosfera fique mais fria e provoca uma elevação gradual da temperatura a cada dia”, explica Celso Oliveira, meteorologista da Somar.
    De acordo com Ludmila Pochmann, meteorologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a ocorrência de temperaturas altas é comum na primavera, já que a atmosfera fica mais limpa, livre de nebulosidade. “Por isso há incidência maior de raios solares e aquecimento de uma área que vai desde a superfície terrestre até 15 km de altura, na primeira camada da atmosfera (tropopausa)”, disse.



 
Excesso de urbanização pode influenciar calor extremo
 

   Segundo Oliveira, é difícil explicar o motivo de temperaturas recordes em períodos longos, como no caso de Belo Horizonte, mas ele levanta a hipótese sobre o impacto do desenvolvimento das cidades e sua influência no calor extremo. “É possível entrar na questão do crescimento das cidades e na formação de um fenômeno chamado de ilhas de calor”, explicou.
   Típicas das grandes cidades e responsáveis pela sensação de abafamento, as ilhas de calor resultam do processo de urbanização e impermeabilização do solo. Materiais como asfalto, concreto armado, cimento e o excesso de prédios dificultam a circulação do ar, o que faz com que o calor fique mais concentrado em determinados pontos.
   Oliveira explica que em São Paulo, por exemplo, já houve a comprovação de diferenças de até 10 ºC entre áreas do centro – recheadas de prédios – e bairros distantes, na periferia, onde há maior movimentação do ar e áreas com vegetação que dispersam o calor. “As ilhas de calor alteram o microclima das cidades. São Paulo, que ficou conhecida por ser a terra da garoa, agora vivencia temporais nos finais de tarde. O aumento da urbanização pode ter influenciado o clima, isso sem contar a poluição concentrada. Uma área densamente povoada pode ter um aumento da poluição”, explica o meteorologista.


FONTE: G1

Reunião para criar áreas de proteção na Antártica termina sem acordo

   Um acordo que estava sendo construído entre 250 delegados de 24 países mais a União Europeia, para a criação de grandes áreas de proteção ambiental nos mares da Antártica, terminou sem resultado nesta quinta-feira (1º), segundo informam as agências internacionais.
   Os representantes dos países, que integram a Comissão para a Conservação dos Recursos Marinhos da Antártica (CCAMLR, na sigla em inglês), decidiram que o grupo volta a se reunir na Alemanha somente no próximo ano, em julho de 2013.
   Eles participavam há duas semanas de uma conferência da CCAMLR na Tasmânia, Austrália, para decidir sobre a criação das áreas de proteção ambiental.


               Pinguins imperadores na Antártica (Foto: Divulgação/U.S. Antarctic Program/National Science Foundation)
 
  Organizações ambientais, como o WWF, demonstraram preocupação com a falta de consenso sobre a criação das reservas.
   Uma das propostas defendidas pelos Estados Unidos, pela Nova Zelândia e por outros países era criar duas áreas de proteção ambiental: uma de cerca de 1,6 milhão de km² e outra de 1,9 milhão de km², em dois pontos nos mares da Antártica.
   Se fossem criadas, as reservas iriam garantir a proteção de animais como baleias e pinguins em uma região equivalente a três vezes o tamanho da França, informa a britânica BBC.
   O fracasso em chegar a um acordo foi creditado principalmente à atuação dos delegados da Rússia, da China e da Ucrânia, de acordo com os ambientalistas. "Estamos desapontados", disse à imprensa internacional o representante da ONG Aliança para o Oceano Antártico, Steve Campbell.



FONTE: G1