quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Cientistas calculam quantas espécies existem



    Cientistas acabam de estimar quantas espécies existem na Terra. O total chegaria a 8,7 milhões, com 1,3 milhão a mais ou a menos.
   Apesar do tamanho da margem de erro, é o cálculo mais preciso já feito sobre a presença de vida no planeta. Até então, as estimativas giravam entre 3 milhões e 100 milhões.
    Dos 8,7 milhões, 6,5 milhões são espécies terrestres e 2,5 milhões, marinhas. Para a ciência, os números representam um desafio gigantesco, uma vez que a grande maioria ainda não foi classificada ou mesmo descoberta.
    Os números foram divulgados pelo Censo da Vida Marinha, uma rede de pesquisadores de mais de 80 países em uma iniciativa de dez anos focada na diversidade, distribuição e abundância de vida nos oceanos. Estão em artigo publicado na revista PLoS Biology.
“A questão de quantas espécies existem tem intrigado cientistas há séculos e a resposta, somada a pesquisas em distribuição e abundância de espécies, é particularmente importante nesse momento, uma vez que diversas atividades e influências humanas estão acelerando as taxas de extinção”, disse Camilo Mora, da Universidade do Havaí, um dos autores do estudo.
“Muita espécies podem desaparecer antes mesmo que saibamos de sua existência, de seu nicho particular ou de sua função em ecossistemas”, alertou.
     Os autores do estudo destacam que a mais recente Lista Vermelha, feita pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, estima que 19.625 espécies estão classificadas como ameaçadas. Isso de uma amostragem total de 59.508, ou menos de 1% do total agora estimado de espécies.
“Sabemos que o número exato de livros na Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos em 1º de fevereiro de 2011 era de 22.194.656, mas não somos capazes de dizer, mesmo em uma ordem de magnitude, quantas espécies distintas de plantas e animais dividem o mundo conosco”, disse Lord Robert May of Oxford, ex-presidente da Royal Society.
    Desde que o sueco Carl Linnaeus (1707-1778) publicou, em 1758, um sistema usado até hoje para classificação biológica, cerca de 1,25 milhão de espécies – aproximadamente 1 milhão em terra e 250 mil nos oceanos – foram descritas e seus dados estão disponíveis em bancos de dados. Outras cerca de 700 mil foram descritas mas ainda não publicadas.
    Segundo o estudo, do total estimado de 7,77 milhões de espécies de animais, apenas 953.434 foram descritas e catalogadas. Das espécies marinhas, 11% foram descritas e catalogadas. Entre as plantas o conhecimento é muito maior: das estimadas 298 mil espécies, 215.644 foram descritas e catalogadas.

FONTE: http://bionarede.blogspot.com/2011/08/cientistas-calculam-quantas-especies.html

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Cientistas encontram micróbios fossilizados mais antigos da Terra

Organismos viveram há 3,4 bilhões de anos, diz estudo.
'Prova de vida' estavam em pedras encontradas na Austrália.

      Uma equipe científica encontrou nas rochas do oeste da Austrália micróbios fossilizados que viveram há 3,4 bilhões de anos em um mundo sem oxigênio e que proliferavam graças a compostos à base de enxofre, segundo um estudo publicado neste domingo na revista científica "Nature Geoscience".
"Temos por fim uma boa prova de vida com mais de 3,4 bilhões de anos. Isso confirma que na época havia bactérias que viviam sem oxigênio", declarou o professor Martin Brasier, da Universidade de Oxford, que participou destas pesquisas dirigidas por David Wacey, da Universidade da Austrália Ocidental. "São os fósseis mais antigos achados na Terra", afirmou a Universidade de Oxford em um comunicado.
     A Terra tem 4,5 bilhões de anos. A vida surgiu entre 3,5 e 3,8 bilhões de anos, segundo os pesquisadores anteriores. Os fósseis descobertos por David Wacey e sua equipe em uma das praias mais antigas da Terra, em um lugar chamado "Strandley Pool", estão incrustados em microscópicos cristais de pirita, de minerais à base de sulfeto de ferro, segundo o estudo.

Cientistas encontraram bactérias com mais de 3 bilhões de anos em rochas na Austrália (Foto: David Wacey/Nature/AFP)

Feito inédito
    Estes cristais seriam o efeito da atividade biológica (metabolismo) dos microorganismos fósseis. Os cientistas acreditam estar certos sobre a idade dos fósseis, já que as rochas sedimentares onde os encontraram foram formadas entre dois episódios vulcânicos. "Isso limita a algumas dezenas de milhões de anos o intervalo de tempo no qual os fósseis puderam se formar", afirma o professor Brasier.
     Ele enfatiza que os microfósseis foram submetidos a provas que demonstram que as formas detectadas na rocha são de natureza biológica e que não são o resultado de um processo de mineralização. Foram observadas estruturas similares a células. "Pela primeira vez achamos em rochas arqueanas uma associação direta entre uma morfologia celular e subprodutos do metabolismo", concluem os pesquisadores.
    Há 3,4 bilhões de anos, a Terra era um lugar quente, com uma forte atividade vulcânica, e a temperatura dos oceanos alcançava os 40 a 50°C. Atualmente, afirma o professor Brasier, continua havendo bactérias que utilizam mais enxofre do que oxigênio para carregar de energia e proliferar. São encontrados principalmente em lugares quentes como chaminés hidrotermais, no fundo dos oceanos.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

MATÉRIA EJA 3º FASE

CAPITULO I

HISTOLOGIA HUMANA: TECIDO
O QUE É TECIDO?
É um conjunto de células que executam a mesma função. Elas não são formadas somente de células, possuem também um material presente entre eles chamada – substância intercelular.
Os tecidos do corpo humana são classificados em 4 grupos: Epitelial, Conjuntivo, Muscular e Nervoso.

• Tecido Epitelial: Tem pouca substância intercelular, células bem próximas um das outras (células justapostas), intensa atividade reprodutiva e avascular. Ele é basicamente um tecido de revestimento mas pode apresentar funções diferentes como secreção e excreção, formando o tecido epitelial glandular e a captação de estímulos (olfatório e gustativo).
Então temos o tecido epitelial de revestimento (epiderme) e o tecido epitelial glandular (boca, bexiga, estomago, etc) e são revestidos por uma membrana mucosa (internamente) e temos a serosa (externamente) coração, pulmão.
Tem como função a divisão de organismos em compartimentos, defesa (barreira de proteção contra bactérias, vírus, etc) e absorção de nutrientes (revestimento interno do intestino)

Funções:
- revestir o corpo e forrar cavidades (boca, faringe, laringe, estômago, intestino, aparelho respiratório, aparelho urinário, vasos sangüíneos, etc);
- proteger o organismo contra atrito, invasão de microorganismo e evaporação;
- absorver alimento no intestino delgado;
- absorver oxigênio nos alvéolos pulmonares;
- secretar substâncias quando o tecido epitelial se modifica em tecido glandular.
Características do tecido epitelial:
- apresentar células justapostas;
- apresentar pouquíssima substância intercelular;
- possuir grande coesão entre as células.

Classificação do tecido epitelial:
1. quanto ao número de camadas de células que apresenta:
a) simples: uma única camada de células.
b) estratificado: várias camadas de células.

2. quanto ao formato das células:
a) cúbica.
b) cilíndrica.
c) pavimentosa.

Epiderme = tecido epitelial presente na pele.
- é um tecido epitelial estratificado;
- as células produzem a queratina que é uma substância que impermeabiliza a célula;
- forma as camadas mais superficiais da pele e é morta devido à impregnação da queratina;
-protege o corpo contra organismos invasores, contra raios solares, contra a ação de produtos químicos e atritos, contra a desidratação.

Tecido glandular ou epitélio secretor.
- é um tecido epitelial que se multiplica e penetra no tecido conjuntivo e passa então a produzir secreções;
- função: produzir substâncias que serão utilizadas em outras regiões do corpo.
- tipos: exócrina, endócrina e mista.

• Tecido Conjuntivo: Grande quantidade de substância intersticial, rico em fibras (colágenos, elásticas e reticulares) e vários tipos celulares.
Fibroblastos – formam fibras.
Macrófagos – células ricas em lisossomos (defesa).
Mastócitos – produção de heparina e histamina.
Plasmócitos – produção de anticorpos.
Melanócitos – produção de melanina.
Adipócitos – armazenamento de gordura

São 4 os tipos de tecido conjuntivo: Cartilaginoso, ósseo, adiposo e o sanguíneo. Tem como função ligar, sustentar e preencher espaços entre os órgãos e outros tecidos.

Funções desempenhadas pelo tecido conjuntivo:
a) preencher espaços vazios do organismo;
b) modelar as formas de determinadas partes do corpo;
c) sustentar e unir os órgãos do corpo.

Características principais:
a) apresentar abundante substância intercelular;
b) possuir fibras finas e entrecruzadas conhecidas como fibras colágenas, fibras elásticas e fibras reticulares.

1. Tecido adiposo.
- formado por células redondas, cheias de gordura (lipídeo = que é uma forma de reserva de energia do organismo);
- funções:
a) reservar energia: as células usam as gorduras para gerar energia;
b) proteger contra o frio: quando impede a perda de calor par o ambiente;
c) amortecedor contra choques mecânicos (pancadas);
d) envolver os órgãos, protegendo-os contra traumatismos durante os movimentos do organismo,

2. Tecido cartilaginoso.
- célula que o constitui chama-se condrócito;
- apresenta bastante substância intercelular rica em proteínas, o que faz com que as células fiquem isoladas umas das outras;
- apresenta fibras colágenas e elásticas;
- apresentam consistência firme e flexível;
- localizam-se nas orelhas, narizes e entre as articulações (onde dois ossos móveis se encontram).

3. Tecido ósseo.
- célula característica deste tecido é o osteócito, embora existam outros tipos;
- apresentam substância intercelular com muitas fibras colágenas e depósitos de sais de cálcio e fósforo (o que dá dureza ao osso);
- funções:
a) sustentar o corpo;
b) ponto de apoio para os músculos;
c) proteger órgãos;
d) produzir células do sangue (isto acontece na chamada medula óssea ou tutano);
e) formar o esqueleto o que permite a locomoção do homem.

4. Tecido sangüíneo ou sangue.
- diferente de outros tecidos porque apresenta uma substância intercelular líquida, denominada plasma.
- possui diferentes tipos de células que são chamados glóbulos sangüíneos ou elementos figurados.
Glóbulos sangüíneos são de dois tipos:
Glóbulos vermelhos ou hemácias:
- existem aos milhões no plasma;
- são células sem núcleo e, portanto vivem aproximadamente 120 dias;
- a maior parte do citoplasma está cheio de hemoglobina, molécula responsável pelo transporte de oxigênio do sangue.
Glóbulos brancos ou leucócitos:
- existem aos milhares no plasma;
- são células com núcleo que apresentam diferentes;
- fazem a defesa do organismo livrando-o do ataque de bactérias, vírus, fungos, ácaros, etc;
- produzem anticorpos que são moléculas de proteína que fazem a defesa do organismo.
-no plasma também são encontrados fragmentos (pedaços) de células chamadas plaquetas que são responsáveis pela coagulação do sangue.Atenção: as plaquetas não são células.

Tecido conjuntivo adiposo: células que acumulam gordura. Reserva de energia, proteção contra impacto e contra o frio, dar forma ao corpo.
Tecido conjuntivo cartilaginoso: células geralmente ovaladas (condrócitos) mergulhadas em substância rica em fibras de colágenos e elásticas que dão esse tipo de tecido consistência firme e flexível (ex: traquéia).
Tecido conjuntivo ósseo: Apresenta grande rigidez e resistência (ossos), as células se apresentam pontiagudas (osteócitos). A substância interna é rígida devido a presença de grande quantidade de sais minerais.
Tecido conjuntivo sanguíneo: células mergulhadas numa substância interna liquida chamada de plasma que contém água, proteínas e sais minerais.
É classificado em:
a) Mielóide – formador das hemáceas e alguns leucócitos (medula óssea vermelha)
b) Linfóide – formador de alguns leucócitos e plasmócitos (Gânglios Linfáticos).

ELEMENTOS FIGURADOS

Hemácias – células anucleadas, responsáveis pelo transporte de gases através do pigmento hemoglobina, rico em ferro e de cor avermelhada.
Leucócitos – células responsáveis pela defesa do organismo. Estão divididos em dois grupos: granulócitos e agranulócitos.
Plaquetas – não são células e sim fragmentos de célula denominadas megacariócitos. Estão relacionadas ao processo de coagulação do sangue

• Tecido Muscular: células alongadas com capacidade de contração (fibras musculares), tem como função a movimentação, ejeção de sangue, peristaltismo, locomoção.
São 3 os tipos de tecido muscular: Liso, cardíaco e esquelético.
dependendo do tipo de fibra podemos classificar o tecido muscular em:
a) liso:
- formado por fibras musculares lisas (que são células longa e fusiformes, isto é, gorda no centro e pontiaguda nas extremidades) com um único núcleo central.
- estas fibras musculares lisas geralmente apresentam cor branca quando agrupadas constituindo órgãos como estômago, intestino, esôfago, traquéia, brônquios, etc.
- este tipo de tecido muscular tem ação involuntária, isto é, contrai independente da vontade da pessoa.
- este tecido desempenha diferentes funções dependendo do órgão que está constituindo, por exemplo:
(I.) órgãos do tubo digestivo: empurrar o alimento ao longo deste sistema;
II.) controlar o diâmetro de brônquios, bronquíolos, vasos sangüíneos, pupila, etc;
III.) contrair o canal vaginal para permitir o nascimento do bebê;
IV.) quando está em volta das glândulas permite que as secreções sejam eliminadas quando ele se contrai.
b) estriado esquelético:
- formado por fibras musculares estriadas (que são células longas, cilíndricas) com vários núcleos distribuídos perifericamente;
- apresentam estrias transversais que são faixas mais claras e outras mais escuras, que se formam pela disposição das proteínas chamadas actina e miosina que fazem a contração muscular;
- este tipo de tecido muscular apresenta contração voluntária, ou seja, (o indivíduo decide se vai ou não contraí-lo);
- funções deste tipo de tecido muscular:
I.) quando se prende aos ossos permite a locomoção do organismo, é a parte ativa do sistema locomotor.
II.) podem sustentar órgãos no abdômen;
III.) são responsáveis pelas expressões fisionômicas e pelo movimento dos olhos quando se localizam sob a pele.
c) estriado cardíaco.
- formado por fibras musculares estriadas. Seu conjunto forma o músculo do coração conhecido como miocárdio.
- esta fibra também apresenta estrias (listinhas), porém apresenta um único núcleo central.
- além disso, essa fibra apresenta ramificações que se comunicam com outras fibras, isto é se anastomosam e dão a impressão que apresentam muitos núcleos;
- é um tecido de contração involuntária;
-responsável pelo batimento cardíaco.

Tecido nervoso: é formado por uma célula chamada neurônio que são células transformadas em fibras ramificadas, cuja função é transmitir o impulso nervoso. O neurônio é dividido em 3 partes:
a) corpo celular que é a região da célula onde está o núcleo;
b) dendritos que são as ramificações curtas desta célula;
c) axônio que é a ramificação longa do neurônio.
-a substância intercelular apresenta células menores chamadas neuroglia ou células da glia que são responsáveis por nutri e sustentar os neurônios, fagocitar resíduos e isolar eletricamente o axônio

Sinapse – passagem de estimulo nervoso de um neurônio para outro (local entre neurônios = sinapse nervosa)

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Pesquisa genética vê características desconhecidas da esclerose múltipla

Cientistas confirmam que neurônios são atacados pelo próprio corpo.

   Estudo envolveu quase 250 pesquisadores e 10 mil pacientes.O maior estudo genético já feito sobre a esclerose múltipla foi divulgado nesta semana e promete oferecer novas possibilidades de tratamento para a doença no futuro. A pesquisa confirmou que 23 regiões de genes, que já eram suspeitas, têm relação com a enfermidade. Outros 29 novos locais foram descobertos no levantamento publicado nesta quarta-feira (10) pela revista científica “Nature”.
  Na esclerose múltipla, ocorrem lesões na chamada "bainha de mielina", uma camada que protege os neurônios.
  A doença ataca o sistema nervoso central, ou seja, cérebro e medula espinhal. Os danos podem acarretar piora em funções básicas, que vão desde o controle do intestino e da bexiga até a visão.
   O que os cientistas ainda não sabem é o que leva à deflagração da esclerose múltipla.
   Nesta pesquisa, feita por um grupo internacional liderado por cientistas das universidades inglesas de Cambridge e Oxford, a análise genética minuciosa levou a avanços no conhecimento da síndrome. Entre as descobertas, está a confirmação de que essa é uma doença autoimune, ou seja, o próprio sistema de defesa do corpo ataca a bainha de mielina.
“Identificar a base da susceptibilidade genética de qualquer condição médica gera uma compreensão confiável dos mecanismos da doença. Nossa pesquisa encerra um longo debate sobre o que acontece primeiro na sequência complexa de eventos que leva à incapacidade na esclerose múltipla. Agora está claro que a esclerose múltipla é, primariamente, uma doença imunológica. Isso tem implicações importantes para futuras estratégias de tratamento”, disse Alastair Compston, um dos autores principais do estudo.
   A pesquisadora brasileira Maria Fernanda Mendes, membro do Departamento de Neuroimunologia da Academia Brasileira de Neurologia e professora assistente da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, comentou a pesquisa para o G1.
   Ela concorda que os avanços obtidos pela pesquisa têm potencial para auxiliar nos tratamentos clínicos, principalmente se novos estudos avançarem a partir das novas descobertas.
   O estudo localizou antígenos, moléculas cuja presença pode indicar tendência para alguma doença. Ela destaca, porém, que essas moléculas não são sempre necessariamente ruins.
“Esses antígenos podem estar associados de uma forma maléfica para uma doença e protetora para outra”, ponderou a neurologista.
   A esclerose múltipla atinge cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo e é a doença neurológica mais comum entre jovens adultos. O trabalho, que envolveu quase 250 pesquisadores, acompanhou 9.772 pacientes diagnosticados com o mal e outras 17.376 pessoas saudáveis como grupo controle. A pesquisa foi conduzida em 15 países: Alemanha, Austrália, Bélgica, Dinamarca, Espanha, EUA, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, Reino Unido e Suécia.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Cientistas criam animal com informação artificial no DNA


     Código genético de verme foi estendido para criar moléculas biológicas que não são conhecidas no mundo natural.
     Pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, criaram o que alegam ser o primeiro animal com informação artificial em seu código genético.
     A técnica, segundo os cientistas, pode dar aos biólogos "controle átomo por átomo" das moléculas em organismos vivos. 
     O trabalho da equipe de pesquisadores usou vermes nematoides e foi publicado na revista especializada Journal of the American Chemical Society.
     Os vermes, da espécie Caenorhabditis elegans, têm um milímetro de comprimento, com apenas mil células formando seu corpo transparente.

Depois de modificação no código genético, verme brilha quando colocado sob luz ultravioleta

     Segundo o estudo, o que torna o animal único é que seu código genético foi estendido para criar moléculas biológicas que não são conhecidas no mundo natural. 
     Genes são as unidades hereditárias dos organismos vivos que os permitem construir o seu mecanismo biológico – as moléculas de proteína – a partir de “blocos de construção” mais simples, os aminoácidos. 
     Nos organismos naturais vivos, são encontrados apenas 20 aminoácidos, unidos em diferentes combinações para formar as dezenas de milhares de proteínas diferentes necessárias para manter a vida.
     Mas os pesquisadores Jason Chin e Sebastian Greiss fizeram um trabalho de reengenharia da máquina biológica do verme para incluir um 21º aminoácido, não encontrado na natureza.

Proteína 

     Jason Chin, do Laboratório de Biologia Molecular da Universidade de Cambridge, afirma que a técnica tem um potencial transformador, pois proteínas poderão ser criadas sob controle total dos pesquisadores.
     Mario de Bono, especialista em vermes Caenorhabditis elegans e que também trabalha no Laboratório de Biologia Molecular, afirma que este novo método poderá ser aplicado em uma ampla variedade de animais.
     No entanto, até o momento, esta é apenas uma prova de um princípio. A proteína artificial que é produzida em cada célula do minúsculo corpo do verme contém um corante fluorescente que brilha em uma cor de cereja quando colocada sob a luz ultravioleta. Se o truque genético tivesse fracassado, não haveria o brilho.
     Chin afirma que qualquer aminoácido artificial poderia ser escolhido para produzir novas propriedades específicas, e De Bono sugere que esta abordagem agora pode ser usada para introduzir em organismos proteínas criadas que podem ser controladas pela luz.
     Os dois pesquisadores agora planejam colaborar em um estudo detalhado de células neurais no cérebro do nematoide, com o objetivo de ativar ou desativar neurônios isolados de forma precisa e com minúsculos flashes de laser.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Lua cheia e chuva (de meteoros) nesta sexta

Tem programa para esta sexta feira? Eu tenho, depois eu conto, mas se quiser uma sugestão, que tal sair de casa e passar a noite olhando o céu?

Esta sexta, 12 de agosto, marca o máximo da chuva de meteoros Perseidas. Essa chuva é associada ao cometa Swift-Tuttle que orbita o Sol com período de 133 anos. A coisa fuciona assim, quando um cometa (qualquer cometa) atravessa o espaço, vai se desintegrando, soltando pedaços pelo seu caminho. A grande maioria desses pedaços não passa de partículas de poeira, mas alguns pedacinhos um pouco maiores também compõem essa trilha de destroços. Quando a Terra intercepta essa trilha, os destroços largados para trás pelo cometa são capturados e adentram a atmosfera terrestre em alta velocidade.




   Nessa captura em alta velocidade, as partículas se aquecem com o atrito com o ar e queimam deixando um rastro luminoso no céu. Popularmente, os meteoros são chamados de “estrelas cadentes”.
   Essa chuva é especial por ser uma das mais antigas observadas pelo ser humano. Existem relatos feitos há mais de dois mil anos! As partículas que a Terra já começou a interceptar se soltaram do cometa há mais de mil anos. Ela não é das mais intensas, a taxa horária está estimada em 20 – 30 meteoros apenas, mas esse ano a sua observação será prejudicada.
   A Lua estará cheia neste sábado, de modo que o seu brilho vai ofuscar os meteoros mais fracos, que são a maioria. Outro agravante é que o radiante desta chuva, ou seja o ponto no céu de onde todos os meteoros parecem surgir, estará abaixo do horizonte para nós do hemisfério sul. Esse radiante está na constelação de Perseu, daí seu nome.
   Ainda assim, se o tempo permitir é um programa bacana. Basta sair de noite e mirar para o Norte e esperar que algum meteoro brilhante cruze o céu. Uma dica para prevenir torcicolo é fazer isso com uma cadeira de praia, ou reclinável.


FONTE: http://g1.globo.com/platb/observatoriog1/2011/08/10/lua-cheia-e-chuva-de-meteoros-nesta-sexta/

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Cientistas produzem espermatozoide em laboratório com células-tronco

Pesquisa abre novas possibilidades à pesquisa sobre infertilidade humana.
Células geraram camundongos que se tornaram adultos saudáveis.


   Pesquisadores anunciaram a descoberta de uma maneira de produzir espermatozoides por meio de células-tronco embrionárias em laboratório. A pesquisa publicada nesta quinta-feira (4) na revista científica Cell abre novas possibilidades às pesquisas sobre infertilidade humana.
   Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Kyoto conseguiu transformar células-tronco embrionárias de camundongos em células precursoras de espermatozoides, chamadas de "células germinativas primordiais". Depois, elas foram transformadas em espermatozoides saudáveis.
   As células foram transplantadas e produziram espermatozoides em camundongos infertéis, que foram então capazes de fecundar um óvulo. Em seguida, a fecundação gerou filhotes que se tornaram adultos saudáveis.
“Investigações contínuas que apontem para uma constituição in vitro dessas células, incluindo a indução da fêmea e seus descendentes, serão cruciais para entender melhor as células embrionárias em geral, assim como para o avanço da medicina e tecnologia reprodutivas”, dizem os pesquisadores em nota.