sexta-feira, 6 de agosto de 2010

2º FASE

REINO PLANTAE - REINO VEGETAL OU METAPHYTA
Reúne as plantas ou vegetais, organismos eucariontes, pluricelulares e fotossintetizantes.


CLASSIFICAÇÃO

Criptógamas – as plantas criptógamas são aquelas que não apresentam flores nem sementes.

a) Briófitas – seus representantes são pluricelulares com todos os tecidos exceto os de condução, por isso são chamados de vegetais avasculares. O transporte se dá por difusão. A ausência de vasos de condução da seiva determina o seu pequeno porte de crescimento rente ao chão, principalmente em lugares úmidos. As raízes e caules e folhas não são bem desenvolvidos, denominando-se respectivamente: rizóides, caulóides e filóides. São exemplos de Criptógamas os musgos e as Hepáticas.

Reprodução – ocorre por alternância de gerações. A geração duradoura é a geração haplóide, gametofítica (forma gametas). A geração diplóide, esporofítica (forma esporos) cresce sobre a gametofitica.


b) Pteridófitas – são criptógamas vasculares, os representantes mais conhecidos desse grupo são as samambaias, avencas e xaxins. As pteridófitas apresentam raiz, caule e folhas (cormófitas). Uma das adaptações dos vegetais ao meio terrestre foi o desenvolvimento de um sistema vascular, observado pela primeira vez nesse grupo.

 Reprodução – apresentam alternância de gerações; FASE DURADOURA = DIPLÓIDE (ESPOROFÍTICA).


Fanerógamas - são os vegetais que apresentam flores e sementes, essas plantas apresentam seus órgãos reprodutores evidentes, ao contrário das criptógamas.

c) Gimnospermas – são plantas lenhosas, arborescentes, podendo ser arbustivas. Não possuem frutos envolvendo as sementes.

Classificação - as gimnospermas compreendem quatro ordens: 1) Cycadales (uma única família: Cycadaceae); 2) Coniferae (formada por varias famílias, dentre os quais estão representados: Araucaria
angustifólia, Pinus sp., Cedro, Sequóia e Ciprestes); 3) Gnetales (única família: Gnetaceae) e 4) Ginkgoales (única família: Ginkgoaceae - Ginkgo biloba).


 Reprodução - apresentam alternância de gerações, e fase mais duradoura é a diplóide (esporofítica). No esporófito são formadas as flores (estróbilos ou cones), em geral díclinas: os microstróbilos (masculinos), que produzem os grãos de pólen, e os megastróbilos (femininos), que produzem os óvulos.

d) Angiospermas – são incluídos nessa classe vegetais lenhosos, embora muitos com tendência herbácea. A maioria é conhecida pelo homem principalmente na produção de alimentos como: trigo, banana, maçã, alho, cebola, etc. A principal característica que as diferencia das gimnospermas é a presença de um fruto, envolvendo as sementes.


FONTE  SITE: http://www.pelotas.com.br/vejatambem/arquivos/apostilas/modulo-01/biologia-modulo-01.pdf

Biologia 1 Definição e Características dos Seres Vivos

1º FASE

APRESENTAÇÃO DA BIOLOGIA

1. ORIGEM DA VIDA

a) Teoria da Criação Especial (Criacionismo ou Fixismo) – teoria que atribuiu o surgimento da vida na Terra a um ser onipotente, sobrenatural. Os defensores dessa teoria não admitem a evolução.
 
b) Teoria da Panspermia Cósmica (Cosmogênese) – a vida poderia ter surgido em outro planeta, e através de uma grande explosão milhares de partículas teriam viajado pelo vácuo espacial e teriam caído “esporos” no solo fértil da Terra e assim surgido a vida.
 
c) Teoria da Abiogênese (Geração Espontânea) – teoria desenvolvida a mais de 2000 anos onde um princípio ativo teria dado origem à vida.
Principais defensores: Van Helmont e Jonh Needham
 
d) Teoria da Biogênese – a vida só pode ser originada de outra pré-existente e semelhante.
Principais defensores: Francesco Redi, Lazzaro Spallanzani e Louiz Pasteur
 
e) Teoria da Evolução Química
                          INORGÂNICO  ---  ORGÂNICO  ---  BIOLÓGICO
 
Defensores: Oparin e Haldane (1927) - A vida na Terra teria se originado da matéria inorgânica, numa forma lenta e ocasional. Havia uma atmosfera primitiva constituída basicamente de: metano (CH4) - amônia (NH3) - hidrogênio (H2) - vapor d’água (H2O)

* Hipótese Heterotrófica – segundo Oparin os primeiros seres vivos eram heterotróficos pelas seguintes razões: seres muito simples, não apresentando o complexo mecanismo de um organismo fotossintetizante. Estavam imersos num “caldo nutritivo” onde poderiam retirar todos os seus nutrientes para o seu metabolismo.

* Hipótese Quimiolitoautotrófica - defende que os seres vivos primordiais eram autótrofos, ou seja, eram capazes de fabricar seu próprio alimento. Os cientistas defendem essa teoria com o argumento que na Terra primitiva não havia alimento para todos os seres habitantes e que sustentasse o aumento da população até o aparecimento da fotossíntese.

Porém, a produção do próprio alimento era bem diferente da fotossíntese atual. Eles não utilizavam água, gás carbônico e luz solar como produtos da reação.
 
Equação da fotossíntese:

                         12 H2O + 6 CO2 + LUZ -> C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O
 
A energia utilizada no processo era proveniente das reações químicas que aconteciam entre as moléculas inorgânicas da crosta terrestre. Os reagentes que eram utilizados eram formados provavelmente por ferro e enxofre, que eram muito abundantes na Terra primitiva.

FeS + H2S -> FeS2 + H2 + Energia Sulfeto de ferro + gás sulfídrico -> dissulfeto de ferro + gás hidrogênio + Energia
 
A partir desses organismos passou a surgir outros seres com capacidade de realizar fermentação, fotossíntese e finalmente, organismos que respiravam oxigênio. Cientistas descobriram um grupo de bactérias com características muito primitivas, que obtêm energia de um modo muito semelhante com o que foi descrito acima: elas utilizam sulfeto de ferro e gás sulfídrico como reagentes e obtêm dissulfeto de ferro, gás hidrogênio e energia como produtos. Essas bactérias são chamadas de quimiolitoautotróficas e vivem próximas à vulcões e em fontes de água quente, situação muito parecida com as condições da Terra primitiva. Por isso, os cientistas acreditam que os primeiros seres vivos eram quimiolitoautotróficos.
 
2. CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS SERES VIVOS

* ORGANIZAÇÃO CELULAR – com exceção dos vírus, que são desprovidos de uma organização celular, todos os demais seres vivos são formados por células. * COMPOSIÇÃO QUÍMICA – os seres vivos são formados por substâncias químicas semelhantes, que podem ser orgânicas e inorgânicas, em proporções variáveis. * REPRODUÇÃO – capacidade de originar descendentes, com características semelhantes. * CRESCIMENTO – acréscimo em tamanho, devido ao aumento em número e tamanho das células. * DESENVOLVIMENTO – seqüência de eventos que tornam a estrutura dos seres vivos mais complexa. * METABOLISMO – conjunto de processos químicos responsáveis pela transformação e utilização de matéria e energia pelo organismo. O metabolismo pode ser dividido em dois processos.
 
Anabolismo: síntese de substâncias utilizadas para o crescimento do organismo e recuperação de suas perdas. catabolismo: degradação de substâncias, com liberação da energia necessária as funções orgânicas.
 
* EVOLUÇÃO – processo de modificações por que passam os seres vivos ao longo do tempo. As modificações favoráveis à adaptação do ser vivo ao ambiente são selecionadas e mantidas ao longo das gerações (seleção natural). * RESPOSTAS A ESTÍMULOS AMBIENTAIS – capacidade de detectar estímulos ambientais e de reagir a eles, permitindo a sobrevivência e a reprodução dos seres vivos. * HOMEOSTASE – capacidade do organismo de manter em equilíbrio seu meio interno
 
FONTE SITE: http://www.pelotas.com.br/vejatambem/arquivos/apostilas/modulo-01/biologia-modulo-01.pdf

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Biologia - Respiração celular

Respiração celular

           As funções celulares (figura 1) dependem de um suprimento de energia que é derivado da quebra de moléculas orgânicas durante o processo de respiração celular. A energia liberada nesse processo é armazenada sob forma de moléculas de adenosina-trifosfato (ATP).


1a. etapa: os carboidratos e lipídeos, principalmente a glicose e os ácidos graxos, são as principais substâncias quebradas para a respiração celular. A glicose é quebrada no citosol em um processo chamado glicólise, onde se forma duas moléculas de ácido pirúvico, liberando uma certa quantidade de energia (quatro moléculas de ATP), produz duas moléculas de NADH2 e consumindo oxigênio.
C6H12O6      }     2 C3H4O3

                                                   (Glicose)       (Ácido pirúvico)

2a. etapa: o ácido pirúvico entra na mitocôndria, e é convertido em acetil-coenzima A por um sistema multienzimático da matriz mitocondrial chamado de piruvato desidrogenase, que então é metabolizada pelo ciclo do ácido cítrico (ciclo de krebs). Nesta etapa, uma quantidade de energia é liberada, tendo uma pequena parte utilizada para converter três NAD+ em três NADH.
           No ciclo de Krebs (Figura 2), a acetil CoA sofre uma série de modificações que acaba produzindo ácido oxaloacético, que então recomeça o ciclo. Essas reações liberam duas moléculas de CO2 e produzem três moléculas de NADH e uma molécula de FADH2.

3a. etapa: Depois os elétrons de alta energia percorrem a cadeia transportadora de elétrons ou cadeia respiratória, que é composto por complexos enzimáticos, onde os elétrons sedem energia e produz 36 mols de ATP por mol de glicose consumida. Este processo é chamado fosforilação oxidativa, e ocorre na membrana interna da mitocôdria.


FONTE: site http://www.ufmt.br/bionet/conteudos/01.01.05/respiracao.htm

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Ácidos nucleicos

Ácidos Nucléicos

Conceitos Gerais


          São as moléculas com a função de armazenamento e expressão da informação genética
Existem basicamente 2 tipos de ácidos nucléicos:

• O Ácido Desoxirribonucléico - DNA

• O Ácido Ribonucléico - RNA

           Os ácidos nucléicos são macromoléculas formadas pela ligação tipo fosfodiéster entre 5 nucleotídeos diferentes, suas unidades fundamentais.

Os Nucleotídeos

       São as unidades fundamentais dos ácidos nucléicos
       Ligam-se uns aos outros através de ligações fosfodiéster, formando cadeias muito longas com milhões de resíduos de comprimento
       Além de participarem da estrutura dos ácidos nucléicos, os nucleotídeos atuam também como componentes na estrutura de coenzimas importantes no metabolismo oxidativo da célula, e como forma de energia química - ATP, por exemplo.
       Atuam ainda como ativadores e inibidores importantes em várias vias do metabolismo intermediário da célula

Estrutura dos Nucleotídeos

Os nucleotídeos são moléculas formadas por:

• Uma pentose

• Uma base nitrogenada

• Um ou mais radicais fosfato As Bases Nitrogenadas

Pertencem a 2 famílias e compostos, e são 5 no total:

• Bases Púricas, ou Purinas: Adenina e Guanina

• Bases Pirimídicas, ou Pirimidinas: Citosina, Timina Uracila

         Tanto o DNA como o RNA possuem as mesmas bases púricas, e a citosina como base pirimídica.
         A timina existe apenas no DNA, e no RNA, é substituída pela uracila - que possui um grupo metil a menos.
         Em alguns tipos de DNA virais e no RNA de transferência podem aparecer bases incomuns

As Pentoses

        A adição de uma pentose a uma base nitrogenada produz um nucleosídeo. Os nucleosídeos de A, C, G, T e U são denominados, respectivamente,

Adenosina, Citosina, Guanosina, Timidina e Uridina

        Se o açúcar em questão é a RIBOSE, temos um ribonucleosídeo, característico do RNA

        Se o açúcar é a desoxirribose - 1 hidroxila a menos em C2 - temos um desoxirribonucleosídeo, característico do DNA.

        A ligação com a base nitrogenada ocorre sempre através da hidroxila do carbono anomérico da pentose.

O Fosfato

        A adição de um ou mais radicais fosfato à pentose, através de ligação tipo éster com a hidroxila do carbono 5 da mesma, dá origem aos Nucleotídeos.
       Os grupos fosfato são responsáveis pelas cargas negativas dos nucleotídeos e dos ácidos nucléicos
       A adição do segundo ou terceiro grupo fosfato ocorre em seqüência, dando origem aos nucleotídeos di e trifosfatados

O DNA

        Está presente no núcleo das células eucarióticas, nas mitocôndrias e nos cloroplastos, e no citosol das células procarióticas
        Nas células germinativas e no ovo fertilizado, dirige todo o desenvolvimento do organismo, a partir da informação contida em sua estrutura
        É duplicado cada vez que a célula somática se divide

Estrutura do DNA

       O DNA é um polidesoxirribonucleotídeo formado por milhares de nucleotídeos ligados entre si através de ligações 3’, 5’-fosfodiéster
       Sua molécula é formada por uma fita dupla antiparalela, enrolada sobre si mesma formando uma dupla hélice

A Ligação Fosfodiéster

      Ocorre entre o fosfato do carbono 5 da pentose de um nucleotídeo e a hidroxila do carbono 3 da pentose do nucleotídeo seguinte

A cadeia resultante é bastante polar, e possui:

• Uma extremidade 5’ --> Fosfato de carbono 5 da pentose livre

• Uma extremidade 3’ --> Hidroxila de carbono 3 da pentose livre

       Por convenção, as bases de uma seqüência são sempre descritas da extremidade 5’ para a extremidade 3’

        As ligações fosfodiéster podem ser quebradas enzimaticamente por enzimas chamadas NUCLEASES, que se dividem em:

• Endonucleases --> Quebram ligações no meio da molécula;

• Exonucleases --> Quebram ligações nas extremidades da molécula

A Dupla Hélice

         Na dupla hélice do DNA, descrita pela primeira vez por Watson e Crick, as cadeias da molécula se dobram em torno de um eixo comum e de modo antiparalelo - a extremidade 5’ de uma cadeia é pareado com a extremidade 3’ da outra cadeia. No tipo mais comum de hélice - "B" - o esqueleto hidrofílico de fosfatos e pentoses fica na parte externa, enquanto que as bases hidrofóbicas, fixadas à este esqueleto, ficam no lado de dentro da estrutura. A estrutura lembra uma "escada em caracol"

Há um PAREAMENTO DE BASES entre as fitas da molécula do DNA. Assim, temos sempre pareadas:


• Adenina com Timina --> A-T

• Citosina com Guanina --> C-G

As bases se mantém pareadas por pontes de hidrogênio, 2 entre "A" e "T" e 3 entre "C" e "G".


As fitas do DNA podem ser separadas sob certas condições experimentais, sem rompimento das ligações fosfodiéster, e a dupla hélice pode ser desnaturada em um processo controlado e dependente de temperatura.

Existem 3 formas estruturais de DNA:

• A forma "B" --> descrita por Watson e Crick em 1953 e já citada acima, é a forma mais comum; a hélice é voltada para a direita e com 10 resíduos por volta, com planos de bases perpendiculares ao eixo helical

• A forma "A" --> Obtida pela desidratação moderada da forma "B", também é voltada para a direita, mas possui 11 resíduos por volta e as bases estão em um ângulo de 20 graus em relação ao eixo helical

• A forma "Z" --> A hélice nesta forma é voltada para a esquerda e contém cerca de 12 resíduos por volta

A transição entre as formas de DNA pode desempenhar um papel importante na regulação da expressão genética.

O RNA

         Atua como uma espécie de "cópia de trabalho", criada a partir do molde de DNA e utilizada na expressão da informação genética. A síntese de uma molécula de RNA a partir de um molde de DNA chama-se "TRANSCRIÇÃO"
         Nesta transcrição, modificações podem ocorrer sobre a molécula de RNA transcrita, convertendo-a de uma cópia fiel em uma cópia funcional do DNA.

Estrutura do RNA

           Em relação ao DNA, 4 diferenças são importantes: O RNA possui uracila no lugar da timina na seqüência de bases.

A pentose do RNA é a ribose

O RNA é formado por uma fita única, com eventual pareamento de bases intracadeia. A molécula do RNA é muito menor que a do DNA.

Existem 3 tipos de RNA, cada um com características estruturais e funcionais próprias:

RNA Ribossômico

Ou RNAr; É encontrado, em associação com várias proteínas diferentes, na estrutura dos ribossomos, as organelas responsáveis pela síntese protéica

Corresponde a até 80% do total de RNA da célula

RNA de Transferência

Ou RNA Transportador, ou ainda RNAt;

É a menor molécula dos 3 tipos de RNA; Está ligado de forma específica a cada um dos 20 aminoácidos encontrados nas proteínas

Corresponde a 15% do RNA total da célula

Fazem extenso pareamento de bases intracadeia, e atua no posicionamento dos aminoácidos na seqüência prevista pelo código genético, no momento da síntese protéica

RNA Mensageiro


Corresponde a apenas 5% do total de RNA da célula

Atua transportando a informação genética do núcleo da célula eucariótica ao citosol, onde ocorrerá a biossíntese protéica

É utilizado como molde nesta biossíntese.