segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Satélite brasileiro e americano pretende mapear com precisão inédita ecossistemas da Terra

Proposta depende de aprovação da Nasa. Se passar, missão vai ajudar a prever com mais precisão as mudanças climáticas a partir de 2016

A foz do rio Amazonas vista do espaço: satélite vai mapear com precisão ecossistemas terrestres (Nasa)

    Cientistas brasileiros e americanos estão trabalhando para lançar um satélite que vai enxergar a 'impressão digital' do planeta. A sonda ajudará cientistas a prever com muito mais precisão as mudanças climáticas em diferentes ecossistemas. A proposta, feita em conjunto pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ministério de Ciência e Tecnologia, Agência Espacial Brasileira e pelo Jet Propulsion Laboratory (JPL), o laboratório de propulsões da Nasa, foi anunciada durante a Fapesp Week em Washington.
    Se o projeto for aprovado, será a primeira vez que o Brasil constrói um satélite junto com a Nasa. A proposta foi entregue em setembro e receberá uma resposta em abril de 2012. O satélite seria lançado em setembro de 2016 a partir de um centro de lançamento russo ou indiano.
    A missão, batizada Global Terrestrial Ecosystem Observatory (GTEO), vai mapear em escala global, pela primeira vez, o ecossistema terrestre com grande precisão. A sonda vai usar um instrumento construído pelo JPL que consegue analisar o solo usando espectroscopia.
   A técnica relaciona a quantidade de luz refletida por um objeto e sua composição química. "Vamos conseguir enxergar os tipos de plantas e se existe mais ou menos água em determinada região", disse Gilberto Câmara, diretor do Inpe. De acordo com o diretor, a única vez em que um instrumento do tipo foi usado aconteceu em uma missão à Lua.
    Os dados vão avançar o entendimento e previsão do ciclo de carbono e sua influência no aquecimento do planeta e na evolução da cobertura de vegetação na Terra. Atualmente, os satélites de monitoramento do ambiente não conseguem enxergar pequenas alterações importantes nos níveis de stress na vegetação durante a variação do clima. 
    Tapete verde — Essas variações ajudariam a construir modelos de previsão para o meio ambiente com muito mais precisão. "Hoje vemos apenas um tapete verde nas imagens", disse Câmara. "O GTEO vai dizer exatamente o que está acontecendo na superfície do planeta", acrescentou Robert Green, cientista chefe da missão, engenheiro do JPL. 
    O satélite vai dar 14 voltas na Terra todos os dias a uma altitude de 626 quilômetros. De acordo com Green, o Brasil será visitado quase todos os dias e terá um mapa completo a cada 19 dias. Duas bases terrestres, uma na Noruega e outra em Cuiabá, receberão as informações. "Tudo será publicado gratuitamente na internet", de acordo com Câmara.
    Câmara explicou que o Brasil vai fornecer o corpo do satélite. "Vamos construir a caixa, o painel solar, o computador de bordo, o sistema de controle de energia e envio de informação de dados", disse. Segundo Green, os EUA vão fornecer o instrumento que vai fazer a medição das informações.
    O projeto tem custo previsto de 250 milhões de dólares. O Brasil gastaria 100 milhões no lançamento e corpo da sonda e os EUA desembolsariam o resto com o instrumento. Na próxima quinta-feira (27), o presidente da Nasa, Charles Bolden, visitará as instalações do Inpe para discutir a missão com cientistas brasileiros. 

FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/satelite-brasileiro-e-americano-pretende-mapear-com-precisao-inedita-ecossistemas-da-terra

domingo, 30 de outubro de 2011

Edital do Ciência sem Fronteiras para 2012 sai em novembro

     Ao iG, presidente da Capes, Jorge Guimarães, conta que pelo menos 20 mil vagas para Alemanha e Reino Unido já estão garantidas
      A grande divulgação prática do programa Ciência Sem Fronteiras, que pretende distribuir 100 mil bolsas de estudo no exterior a universitários brasileiros, deve acontecer em novembro. Apesar de o lançamento oficial do projeto ter ocorrido em julho, será no próximo mês que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulgarão um edital conjunto de bolsas para o ano que vem.
    Em entrevista ao iG, o presidente da Capes, Jorge Guimarães, afirmou que esse novo edital trará as condições para que os estudantes se candidatem a pelo menos 20 mil bolsas oferecidas pelo Reino Unido e pela Alemanha. Além dos dois países, há acordos sendo feitos com os Estados Unidos (mas ainda sem definição de quantas vagas), França, Itália e Canadá, que aumentarão esse número. O Canadá será visitado por Guimarães nos próximos dias.
    A maior parte das bolsas será oferecida a estudantes de graduação em uma modalidade relativamente nova nos programas de intercâmbio mantidos pela Capes: a graduação-sanduíche. Ela exige estratégias diferentes. As universidades brasileiras precisam se comprometer a aproveitar os estudos feitos pelos universitários fora do País. Ao todo, 165 instituições já aderiram ao programa.
    Além disso, alguns critérios passam a ser importantes na seleção dos candidatos. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é um deles. Os estudantes que tiveram mais de 600 pontos na prova somam pontos a seu favor, assim como aqueles que atuaram em projetos de iniciação científica e os premiados em olimpíadas científicas. Para participar, o candidato também precisa já ter cursado parte da graduação (pelos menos 40%) e deve ter concluído até 80% dos créditos do curso.
      A primeira seleção, ainda em processo, serviu como “experiência”, segundo o presidente da Capes. As inscrições para as primeiras bolsas do programa foram abertas no final se setembro e terminaram na semana passada. Guimarães conta que mais 8 mil jovens se candidataram às 1,5 mil bolsas que serão distribuídas nessa primeira leva, a partir de janeiro. A maior parte dos candidatos tem 19 anos.
     Ao longo dos próximos quatro anos, 75 mil bolsas serão oferecidas pelo governo federal, que espera o apoio de empresários para abrir outras 25 mil vagas durante esse período.

Repercussão
    Guimarães conta que, no mundo inteiro, o programa brasileiro para incentivar a formação de estudantes brasileiros e pesquisadores na área tecnológica teve grande repercussão. Para ele, os motivos vão além das crises financeiras pelas quais muitos países passam – em grande parte da Europa e Estados Unidos, as universidades são pagas. “O Brasil é bola da vez. Na Europa, há um problema de envelhecimento da população, há cidades fechando escolas primárias. É uma boa oportunidade”, diz.
     Por causa disso (e das crises econômicas), o governo brasileiro conseguiu barganhar os valores das taxas cobradas pelas instituições. No Reino Unido, por exemplo, cada aluno custará 15 mil libras ao ano. Normalmente, os custos chegariam a pelo menos 20 mil libras. Vale lembrar que, além das taxas, o governo federal vai pagar as bolsas aos selecionados para que eles se mantenham nesses países.
    Jorge Guimarães conta que instituições da Ásia têm procurado a Capes para tentar firmar parcerias. “O Ciência Sem Fronteiras provocou verdadeira euforia aqui no País e lá fora. Há muitos jovens que não teriam uma chance dessas e podem sonhar com a possibilidade de estudarem em universidades de alto padrão no mundo todo”, avalia.

Busca de talentos
     O projeto do governo federal – que, de acordo com o presidente da Capes, é acompanhado passo a passo pela presidenta Dilma Rousseff – é não só enviar estudantes brasileiros para o exterior como também trazer pesquisadores renomados para o País. Além de estrangeiros, brasileiros que estão morando longe de casa são alvo dos programas. No mês que vem, um edital de atração também será lançado.
      A proposta é trazer pesquisadores para longas e curtas temporadas. Entre os que serão convocados para ficar pouco tempo, são alvos do governo federal cientistas que já ganharam Prêmio Nobel. Espera-se convocar 2 mil pessoas nos próximos quatro anos.

Entrevista: dos telômeros à origem da vida

   Vencedor do prêmio Nobel de Medicina com o estudo de telômeros, o bioquímico Jack W. Szostak pretende descobrir a origem da vida
    Uma noite antes de ficar sabendo que havia recebido o Prêmio Nobel de medicina, em outubro de 2009, o pesquisador bioquímico Jack W. Szostak diz ter dormido como um bebê.
    ''Eu não perderia uma noite de sono por causa de um trabalho que fiz na década de 1980’', disse rindo Szostak, de 58 anos, durante uma recente entrevista de duas horas em seu laboratório, no Massachusetts General Hospital. ''Era um trabalho antigo’'.
     O ''trabalho antigo’', pelo qual ele já havia recebido o Prêmio Lasker, era ajudar a identificar a natureza e a bioquímica dos telômeros, as extremidades de cromossomos. Compreendê-los pode ser a chave para destravar os mistérios do câncer e do envelhecimento celular. Segue uma versão editada de nossa conversa.

P: A pesquisa de telômeros foi o trabalho de sua vida?
R: Era um tipo de projeto paralelo. Antes de começar a trabalhar com telômeros, eu vinha estudando a recombinação de DNA. O que as células fazem quando veem um pedaço quebrado de DNA? Células não gostam dessas quebras.
Elas fazem basicamente todo o possível para consertar as coisas. Se um cromossomo está quebrado, as células reparam essa quebra usando um cromossomo intacto. Esse processo é chamado de recombinação. E era isso que eu vinha estudando.
Agora, os telômeros: eles são as extremidades dos cromossomos, as pontas, e não recombinam. Certo dia em 1980, ouvi Liz (sua colega Elizabeth H. Blackburn) falando numa conferência sobre o comportamento dos telômeros. Foi o contraste entre o DNA que ela estava analisando e o material que eu estava estudando que me chamou a atenção. Eu queria entender o que estava acontecendo. Então escrevi para Liz logo em seguida.

Jack Szostak, bioquímico que ganhou o Nobel de Medicina em 2009, em seu laboratório em Boston

P: O que vocês descobriram juntos?
R: Descobrimos o que acontecia nas extremidades de cromossomos normais.
Desvendamos a bioquímica fundamental e mostramos que muitos organismos diferentes usam essa bioquímica. Descobrimos que havia uma enzima, a telomerase, que agrega DNA às extremidades dos cromossomos para equilibrar o DNA que é naturalmente perdido quando as células crescem.
Mais tarde, conforme as pessoas do campo começaram a enxergar a importância disso, a pesquisa de telômeros simplesmente decolou. Ficou claro que a perda de DNA nos telômeros podia ter algo a ver com o envelhecimento.
Subsequentemente, vimos que em quase todos os cânceres, a telomerase fica ativada de forma que aquelas células crescem indefinidamente. Claro, é muito bom quando um trabalho realizado há tanto tempo acaba se mostrando importante! Mas a verdade é que meu trabalho partiu em vários caminhos diferentes.

P: O que você estuda hoje?
R: As origens da vida. Em meu laboratório, estamos interessados na transição da química ao começo da biologia na Terra. Voltemos à Terra inicial – digamos que em algum momento nos primeiros 500 milhões de anos. E digamos que a química certa para criar os blocos de construção da vida aconteceu e você tem as moléculas certas para criar a fagulha da vida. Como esses elementos químicos se unem e agem como uma célula? Você quer algo que possa crescer e se dividir – e, o mais importante, exibir uma evolução darwiniana.
Estudamos isso tentando reproduzir esse processo no laboratório. Pegamos elementos químicos simples e os unimos da maneira correta. E estamos tentando construir uma célula muito simples, que possa se parecer com algo que teria se desenvolvido espontaneamente no começo da terra.

P: Até onde vocês chegaram?
R: Talvez eu possa dizer que estamos na metade do caminho.
Achamos que uma célula primitiva precisa ter duas partes. Primeiro, ela precisa ter uma membrana celular que possa ser uma fronteira entre si mesma e o restante do mundo. E é preciso haver um material genético, para desempenhar algumas funções que sejam úteis à célula e possam se replicar para serem herdadas. A parte que pudemos entender razoavelmente bem é a da membrana. O material genético é o maior problema; a química é mais complicada. O enigma tem sido compreender como uma molécula como o RNA pôde se replicar antes de existirem enzimas e todos esses aparatos biológicos complexos, maquinário de proteínas, que temos hoje em nossas células.

P: É bastante incomum que um pesquisador com grandes descobertas numa área científica passe a estudar algo completamente diferente. Por que trocar de campos?
R: Porque em meados da década de 1980, ficou claro quais eram as dúvidas com os telômeros e que elas seriam estudadas perfeitamente bem por outras pessoas. Não sou o tipo de pessoa que aprecia muita concorrência. Não gosto da sensação de que, se eu não estivesse realizando certo tipo de trabalho, isso não faria diferença. Se algo vai ser realizado de qualquer forma, qual é o sentido, certo?
Durante cerca de um ano, frequentei cursos aqui em Harvard, buscando por algo para trabalhar. Examinei a neurociência cognitiva, que é incrivelmente fascinante, mas parecia difícil demais. A estrutura do RNA me atraiu, pois poderia ser a chave para entender o início da vida na Terra.

P: Você já trabalha nessa questão há um quarto de século. Nunca se cansa do assunto?
R: Não. Não. Pois isto não é uma questão monolítica na qual não existe nada interessante até chegar ao fim. Na verdade, o problema se divide em talvez uma dúzia de problemas menores. Cada um tem partes interessantes. Posteriormente, todos se encaixarão.
Por exemplo, fizemos progressos na questão de como criar uma membrana de célula primitiva. Outros mostraram como um mineral comum da argila, a montmorilonita, pode ter desempenhado um papel ajudando a produzir RNA.
Nosso laboratório mostrou como ela pode ajudar as membranas a formar e trazer o RNA para dentro da membrana.

P: Você tenta verdadeiramente criar vida em seu laboratório. Essencialmente, você está tentando provar a teoria evolucionária em uma placa de Petri. Como os fundamentalistas religiosos reagem ao seu trabalho?
R: Depois que o trabalho com a argila foi publicado, recebemos muitos e-mails de fundamentalistas: ''Isso é maravilhoso. Estamos muito felizes que você tenha mostrado que tudo aconteceu conforme está escrito na Bíblia ou no Corão’'. Em Gênesis, tudo começa com a argila, ou barro.

P: Crescendo no Canadá, você era uma daquelas crianças que realizavam experimentos químicos na cozinha?
R: Fizemos coisas ridiculamente perigosas. Mas elas também eram emocionantes. Lembro-me que em 1967, quando houve aquele terrível incêndio no foguete Apollo 1, da Nasa, que matou três astronautas, meu pai produziu oxigênio puro e colocamos fogo num pequeno recipiente. De repente, tínhamos um jato e um fogo inacreditáveis. Você podia ver exatamente o que havia acontecido.
Não tem como fazer isso numa casa de hoje. Imagino que muitas crianças tenham perdido olhos e membros com as coisas antigas. A preocupação é compreensível. Mesmo assim, uma criança precisa ver algo acontecer para ficar animada. Meu filho mais novo, de 11 anos, gosta de química. Encontrar algo que ele ache emocionante experimentar é um desafio.

P: O Prêmio Nobel mudou sua vida?
R: nada significativo está diferente. Mais pessoas me abordam em conferências e querem tirar uma foto comigo. Eu não diria que ficou mais fácil obter a aprovação de nossos artigos ou financiamentos de pesquisa.
O que acontece na cerimônia do Nobel é que, durante uma semana, você é tratado como uma estrela. Um motorista o leva para qualquer lugar. Você tem acompanhantes para assegurar que você sempre chegue onde está indo. E você sempre fica na parte de trás da limusine. Então ouvimos essa história, sobre um laureado do Nobel que volta para casa, abre a garagem, senta no banco traseiro de seu carro e fica esperando.


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Partículas presentes em produtos químicos alteram cérebro

      Estudo mostrou que exposição à nanopartículas encontradas em tintas, cremes e protetores solares afeta funções cerebrais
     Nanopartículas de dióxido de titânio, utilizadas em vários produtos, de tintas até cremes solares, podem alterar uma barreira essencial que protege o cérebro de elementos tóxicos, segundo estudo divulgado esta quarta-feira na França.
     Os resultados do estudo em laboratório sugerem que a presença de nanopartículas de dióxido de titânio (TiO2) poderia ser a origem de uma inflamação cérebro-vascular, informou o Comissariado francês de Energia Atômica (CEA) em um comunicado.
     A exposição crônica a estas nanopartículas "poderia dar lugar a um acúmulo no cérebro, com risco de perturbações de certas funções cerebrais", alertou o CEA.
     Um estudo feito com ratos já tinha demonstrado em 2008, através de uma instilação nasal, ser possível detectar nanopartículas de dióxido de titânio no cérebro, particularmente no bulbo olfativo e no hipocampo, estrutura com papel chave na função da memória.
    Os cientistas buscaram a explicação de como estas nanopartículas apareceram no cérebro, que é protegido de substâncias tóxicas por uma estrutura particular: a barreira hematoencefálica (BHE).
      Equipes do CEA e da Universidade Joseph Fourier de Grenoble (sudeste da França) reconstituíram um modelo celular desta barreira protetora, associando células endoteliais (células da parede dos vasos sanguíneos), cultivadas em uma membrana semipermeável, e células gliais (do sistema nervoso).
     Graças a este modelo, que contém as principais características da barreira hematoencefálica presente no homem, os cientistas mostraram que uma exposição in vitro aos nano-TiO2 provoca seu acúmulo nas células endoteliais. Isto implica também a ruptura da barreira de proteção, associada a uma inflamação.
    A equipe constatou também uma redução da atividade de uma proteína (P-glicoproteína), que tem a função de bloquear toxinas suscetíveis de penetrar o sistema nervoso central, segundo os resultados deste estudo, publicados na edição online da revista Biomaterials.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Células de sangue menstrual são transformadas em embrionárias

      Com a técnica, cientistas brasileiros querem recriar células do músculo cardíaco para estudar arritmia rara Médicos do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), em parceria com o Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), conseguiram transformar células do sangue menstrual em células-tronco pluripotentes induzidas (iPS, na sigla em inglês) - reprogramadas para terem as mesmas características de células embrionárias. Trata-se de um importante avanço nas terapias celulares, que prometem reparar tecidos danificados por doenças ou traumas, já que as células embrionárias são capazes de se transformar em outros tecidos
      A ideia dos pesquisadores é gerar e estudar as células do músculo cardíaco de duas pacientes que têm uma arritmia cardíaca rara, chamada síndrome do QT longo. A primeira tentativa será com mãe e filha - que já tiveram amostras do sangue menstrual colhidas. Por conta da doença, elas sofrem crises de arritmias e podem ter uma morte súbita.
    “Com as células induzidas, vamos reproduzir a doença de mãe e filha ‘in vitro’ e estudar as atividades elétricas envolvidas. Isso vai permitir entender o comportamento anormal das células e testar novas drogas”, explica o pesquisador Antonio Carlos Campos de Carvalho, coordenador de ensino e pesquisa do INC.

FONTE: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/celulas-de-sangue-menstrual-sao-transformadas-em-embrionarias/n1597321438391.html

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Cientistas sequenciam DNA de mulher que viveu até os 115 anos

Estudo sugere que idosa tinha genes protetores contra demência e doenças associadas à velhice

Mulher mais velha do mundo: variações raras no DNA
podem ter protegido idosa contra doenças
       Cientistas holandeses fizeram o sequenciamento completo do DNA de uma mulher que viveu até os 115 anos de idade. 
       Tida como a mais idosa do mundo na época de sua morte, a mulher possuía a agilidade mental de uma pessoa décadas mais jovem e nenhum sinal de demência.
       O trabalho, divulgado durante uma conferência da American Society of Human Genetics em Montreal, no Canadá, sugere que a mulher tinha genes que a protegiam contra a demência e outras doenças associadas à velhice.
        Os especialistas esperam que mais investigações como essa possam, no futuro, esclarecer as associações entre variações genéticas, saúde e longevidade.
       O primeiro esboço do código genético de um ser humano foi feito há mais de dez anos. 
       Desde então, com a melhoria e o barateamento das técnicas de "leitura" do DNA, algumas centenas de indivíduos tiveram seus genes mapeados.
          A mulher, cuja identidade está sendo mantida em segredo, conhecida apenas como W115, é a mais idosa a ter seus genes mapeados.
          Ela doou seu corpo para pesquisas médicas, permitindo que cientistas estudassem seu cérebro e outros órgãos, assim como seu código genético completo.
Variações genéticas 
        A líder do estudo, a pesquisadora Henne Holstege, do Departamento de Genética Clínica do VU University Medical Center em Amsterdã, disse que W115 parece possuir algumas variações genéticas raras em seu DNA.
           Não está claro que papel essas variações teriam cumprido, mas a equipe suspeita de que os genes da mulher a protegeram contra a demência e outras doenças.
"Sabemos que ela é especial, sabemos que seu cérebro tinha absolutamente nenhum sinal de Alzheimer", disse Holstege à BBC.
"Talvez houvesse algo no seu corpo que a protegesse contra a demência". 
"Achamos que existem genes que talvez assegurem vida longa e protejam contra Alzheimer". 
     W115 nasceu prematura e não era esperado que ela sobrevivesse. Mas ela viveu uma vida longa e saudável, sendo levada para um asilo para idosos aos 105 anos. Ela morreu por causa de um tumor no  estômago, tendo recebido tratamento para câncer de mama aos cem anos. 
       Aos 113 anos, testes de sua capacidade mental revelaram o desempenho de uma mulher com idade entre 60 e 75 anos. 
       Exames feitos após sua morte não conseguiram identificar qualquer sinal de demência ou endurecimento de artérias associado a doenças do coração
      Para o progresso da ciência, a equipe está disponibilizando a sequência do DNA de W115 para outros pesquisadores. 
     A BBC pediu ao especialista Jeffrey Barrett, que estuda fatores genéticos associados a doenças no Sanger Centre, em Cambridge, na Inglaterra, que comentasse o estudo.
"Sequenciar o genoma da mulher mais idosa do mundo é um importante ponto de partida na compreensão de como variações no DNA estão relacionadas a uma vida longa e saudável", disse Barrett.
"Mas de forma a realmente entender a biologia que sustenta uma vida longa e saudável, precisamos olhar sequências de DNA de centenas de milhares de pessoas".

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Massa cinzenta do cérebro fica transparente

Cientistas japoneses descobriram técnica de transformar tecido biológico morto em uma geleia translúcida

Clarificação da massa cinzenta pode ajudar emestudos
sobre o cérebro. Na imagem 3D, os neurônios de um camundongo
  Um grupo de neurocientistas japoneses está tentando transparecer a mente – literalmente. Eles conceberam uma forma de transformar a massa cinzenta opaca do cérebro em uma substância cristalina e transparente.
    O grupo, financiado pelo governo e sediado no Riken Brain Science Institute em Wako, Japão, criou um coquetel químico de baixo custo que transforma um tecido biológico morto, de uma massa colorida, em algo que parece uma geleia translúcida. Embeber o tecido cerebral na solução facilita que os neurocientistas vejam o que há por dentro, um passo que eles esperam que revele o princípio físico de traços da personalidade, memórias e até mesmo a consciência.
''Estou muito animado com o potencial’', disse o Dr. Atsushi Miyawaki, pesquisador da equipe, que publicou a descoberta na revista Nature Neuroscience.
    A solução química – patenteada com o nome de Scale, uma aproximação fonética da palavra japonesa para 'transparente’ – poderia ajudar neurocientistas a mapearem a arquitetura oculta do cérebro, apesar do objetivo ainda estar longe de ser alcançado. Até agora, os pesquisadores estão trabalhando para construir este mapa, chamado 'conectoma’, do cérebro de ratos, que é muito menos complexo comparado aos humanos.
    Fundamentalmente, esse mapeamento poderia ser conduzido em cérebros de diferentes idades, disse Miyawaki, oferecendo um vislumbre de como o órgão se desenvolve e até mesmo como diferenças genéticas podem afetar esse desenvolvimento.
     Miyawaki e sua equipe ainda têm que testar o Scale em cérebros humanos – seu laboratório trabalha com ratos – porém planejam fazê-lo tão logo o difícil processo para se obter um exemplar esteja concluído. Ele espera que a solução de transparência funcione tão bem quanto funciona no cérebro de ratos.
    O Dr. Jeff Lichtman, neurocientista na Universidade Harvard, que está envolvido no Projeto do Conectoma Humano – uma ação multi-institucional para mapear o cérebro de ratos e subsequentemente o de humanos – acredita que o Scale mostra potencial e possibilidade de ser usado em seu laboratório.
     Parece um bom método para ''esclarecer o cérebro’', disse ele em uma entrevista por telefone. ''Cérebros claros’', disse ele. ''Isso é o principal’'.
     Os neurônios do cérebro estão ''interconectados em uma rede de fios vasta e profundamente misteriosa, na qual há o diagrama de conexões’', disse Lichtman. Os cientistas têm de decifrar esse diagrama antes de entenderem como a informação flui nele, ele continuou. Se o cérebro fosse clarificado usando-se uma solução como o Scale os pesquisadores poderiam delinear grandes seções do diagrama ''todas em uma só seção’', disse ele, ''e isso seria fantástico’'.
     Atualmente, para ver tecidos cerebrais em um microscópio, os cientistas precisam fatiá-lo em lascas com a grossura de um fio de cabelo, de forma que a luz possa passar por elas. Para analisar o cérebro inteiro de um rato dessa forma – um processo que o laboratório de Lichtman está buscando, mas está longe de estar terminado – o órgão precisa ser fatiado em algumas centenas de fatias e cada qual deve ser analisada no microscópio, para se obter uma imagem de suas células.
    Não só é um processo trabalhoso, como as fatias do cérebro podem ficar distorcidas e pequenas porções de tecido podem acabar perdidas. Esses erros difíceis de serem evitados podem transformar as imagens em peças deformadas de um quebra cabeças que não conseguem ser facilmente agrupadas em um diagrama de conexões.
    O cérebro de um rato que foi clarificado com o Scale, por outro lado, é transparente o suficiente sem ser finamente fatiado e poderia ser exposto em três grandes pedaços, evitando esses problemas, de acordo com Miyawaki. Pelo fato de clarificar o tecido sem remover água, a solução sustenta marcas celulares geneticamente introduzidas – utilizadas para diferenciar um neurônio do outro – em um ambiente úmido que aquele em que evoluíram originalmente. As marcas são feitas de proteínas que vêm de águas vivas e corais.
     De acordo com Miyawaki, o Scale funciona muito melhor em cérebros jovens do que nos mais velhos, que estão repletos de tecidos mais rigidamente conectados que não absorvem a solução tão prontamente.
     Até agora, Miyawaki e sua equipe utilizaram a solução apenas em tecidos mortos. O próximo passo, disse ele, é inventar uma fórmula que funcione em tecidos vivos, apesar de ser um alvo distante no momento.
     O Scale não é difícil de ser feito: é uma mistura barata de ureia (encontrada na urina e em fertilizantes), glicerol e detergente. Apesar de ele e um colega deterem a patente, Miyawaki incluiu a receita inteira em um artigo recentemente publicado e espera que laboratórios ao redor do mundo comecem a usá-lo para mapear o cérebro.
     Neurocientistas não podem responder a questões importantes sobre o cérebro até que tenham um mapa do circuito neuronal, disse Miyawaki, acrescentando, ''e existem muitas, muitas questões importantes’'.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Bactéria da peste negra quase não mudou em mais de 600 anos

Estudo sequenciou código genético da bactéria por completo e constatou que ela é quase idêntica à bactéria dos dias de hoje

   Cientistas sequenciaram o código genético da peste negra e descobriram que a bactéria 
Yersinia pestis do século 14 é quase idêntica à versão moderna . Pouca coisa mudou. Há apenas uma dúzia de mudanças entre os mais de 4 milhões de blocos de construção do DNA, de acordo com um estudo publicado online na quarta-feira da revista Nature.
   O estudo mostra que a Peste Negra foi mortal por razões além de seu DNA. Tinha a ver com as circunstâncias do mundo naquela época. Com o avanço da ciência e da sociedade hoje é possível combater a peste com um antibiótico. No século XIV, ela dizimou um terço da população europeia.

Pesquisadores conseguiram reconstruir o genoma da bactéria original a partir de DNA extraído dos restos mortais de quatro vítimas da doença

    De acordo com a pesquisa, dirigida pelo professor Johannes Krause, da universidade alemã de Tübingen, Ele veio no pior momento possível - quando o clima foi ficando mais frio, o mundo estava no meio de uma longa guerra e da fome, e as pessoas estavam se mudando para bairros mais próximos, onde a doença pode infectá-las e se espalhar facilmente. E foi provavelmente a primeira vez que esta doença em particular, tinha atingido os seres humanos, atacando pessoas sem qualquer proteção inata.
   Os pesquisadores chegaram a esta conclusão após reconstruir o genoma da bactéria original a partir de DNA extraído dos restos de quatro vítimas da doença enterradas no cemitério londrino de East Smithfield, construído entre 1348 e 1349 para abrigar vítimas da peste.
   As análises indicariam que a devastadora praga do século XIV pode ser a responsável pela introdução e disseminação por todo o mundo das bactérias que ainda circulam na atualidade. 
Além disso, os pesquisadores constataram que a doença hoje em dia é influenciada por fatores ambientais e a própria suscetibilidade do portador. Acredita-se que a Peste Negra se originou em roedores na China e se propagou através das pulgas dos ratos. "É um exemplo histórico fundamental de uma infecção com rápida disseminação e alta mortandade", já que num período de cinco anos reduziu consideravelmente a população da Europa, assinala a revista Nature.
   Os pesquisadores haviam publicado recentemente outro estudo com a o sequenciamento de pequenos fragmentos do DNA bactéria. Nesta análise ela parecia mais diferente da bactéria contemporânea. O estudo publicado esta semana na Nature, que contou com técnica mais apurada e o sequenciamento completo do DNA da bactéria mostrou que elas são muito parecidas. "Elas têm menos diferença do que mãe e filha”, disse Krause.

FONTE:http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/bacteria-da-peste-negra-quase-nao-mudou-em-mais-de-600-anos/n1597269653040.html

Poluição endurece as artérias, afirma estudo feito na Suécia

Problema aumenta risco de ataques do coração.
Estudo foi publicado hoje em revista especializada em meio ambiente.

   Os contaminantes químicos presentes no meio ambiente foram vinculados pela primeira vez ao endurecimento das artérias, condição que pode provocar ataques cardíacos e apoplexias, segundo um estudo sueco publicado esta terça-feira nos Estados Unidos.
   Há tempos se sabe que substâncias tóxicas cujo efeito no ambiente é de longa duração, como as dioxinas, os bifenis policlorados (PCB) e os pesticidas se acumulam no tecido adiposo do corpo e no interior das paredes dos vasos sanguíneos.
   Mas o estudo publicado na revista americana Environmental Health Perspectives é o primeiro a analisar a relação entre o tipo de exposição aos poluentes e a probabilidade de sofrer de arteriosclerose.
   O estudo mediu os níveis destes componentes químicos em 1.000 suecos residentes na cidade de Upsala (sudeste) e os níveis de arteriosclerose na artéria carótida, utilizando tecnologia de ultrassom.
   Os cientistas descobriram que aqueles com maiores níveis de contaminantes circulando no sangue eram mais propensos a sofrer um endurecimento das artérias e a ter sinais de acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos.
   "Estas descobertas indicam que os tóxicos ambientais de vida longa orgânica podem estar implicados no aparecimento de arteriosclerose e, portanto, levar no futuro à morte devido a doenças cardiovasculares", explicou Lars Lind, professor do departamento de ciências médicas da Universidade de Upsala.
   Os países industrializados tendem a ter o maior número de casos de doenças cardiovasculares, cuja causa principal é o endurecimento das artérias.
   Os fatores de risco incluem dietas ricas em gordura, tabagismo, diabetes e pressão alta.
   Apesar de muitos contaminantes atualmente serem regulamentados ou proibidos em todo o mundo, eles podem permanecer no ambiente por décadas, explicou Monica Lind, co-autora do estudo e professora associada de Medicina Ambiental do Instituto Karolinska.
   "Na Suécia e em muitos países do mundo muitas destas substâncias são proibidas hoje, mas porque sua vida é longa ainda persistem no nosso ambiente", disse Lind.
   "Nós ingerimos estas substâncias tóxicas com os alimentos que comemos e enquanto são armazenadas no nosso corpo, seus níveis aumentam à medida que envelhecemos", acrescentou.
   A equipe planeja analisar em breve a existência de algum vínculo entre a presença dos contaminantes no sangue e a incidência de apoplexias e ataques cardíacos.

FONTE: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/10/poluicao-endurece-arterias-afirma-estudo-feito-na-suecia.html

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Estudo cria embrião clonado humano com DNA "a mais"


    Depois de anos de tentativas frustradas e até fraudes, cientistas conseguiram criar células-tronco derivadas de embriões humanos clonados --mas, para isso, tiveram de deixá-las com DNA sobrando, mostra estudo na revista científica "Nature".
   A pesquisa liderada por Dieter Egli e Scott Noggle, do Laboratório da Fundação de Células-Tronco de Nova York, mostrou que era muito difícil obter um embrião humano clonado pelo método tradicional.
  Quando o núcleo do óvulo usado no experimento era totalmente removido e substituído pelo DNA de uma célula da pele, a formação do embrião parava nos estágios iniciais.
   Para contornar o problema, os cientistas deixaram que o óvulo ficasse com seu DNA normal e apenas o fundiram com as células da pele.

   Depois disso, a formação do embrião continuou, com células que tinham três cópias de cada conjunto do DNA, em vez de duas, como é o normal.
   Essas células não poderão ser usadas em terapias, mas facilitarão estudos futuros.


FONTE:http://bionarede.blogspot.com/2011/10/estudo-cria-embriao-clonado-humano-com.html

Maior vírus do mundo é descoberto no litoral do Chile

O megavírus tem o maior código genético de um vírus, abrigando mais de mil genes

Na imagem, a comparação entre o Megavírus e o Mimivírus

     Um vírus encontrado no litoral do Chile é o maior do mundo, abrigando mais de mil genes e surpreendendo os cientistas que anunciaram a descoberta nesta segunda-feira (10). O genoma do Megavirus chilensis é 6,5% maior do que o código genético do recordista anterior, o Mimivirus, isolado em 2003.
   Os vírus diferem das bactérias por serem menores em sua maioria, e por não poderem se reproduzir por conta própria, necessitando penetrar em uma célula hospedeira. Mas o M. chilensis é tão grande, que ultrapassa muitas bactérias em tamanho, e é o vírus de DNA mais complexo geneticamente já descrito.
    O M. chilensis foi retirado de uma amostra de água do mar recolhida perto do litoral de Las Cruces, Chile. Seu organismo hospedeiro é desconhecido.
    Os vírus de DNA incluem o poxvírus e o herpes vírus, mas o M. chilensis "não parece causar nenhum mal ao ser humano", indicou Jean-Michel Claverie, do Centro Nacional para a Pesquisa Científica da França (CNRS).
O estudo foi publicado na revista americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).


FONTE: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/maior-virus-do-mundo-e-descoberto-no-litoral-do-chile/n1597266595482.html

sábado, 8 de outubro de 2011

Exercícios de revisão - EJA (noite) IPM

Exercício de revisão 3ºfase (noite) IPM

1- O que é tecido?
É um conjunto de células que executam a mesma função. Elas não são formadas somente de células, possuem também um material presente entre eles chamada – substância intercelular.

2- Como são classificados os tcidos? 
Epitelial, Conjuntivo, Muscular e Nervoso

3- Dê características do Tecido Epitelial: 
Tem pouca substância intercelular, células bem próximas um das outras (células justapostas), intensa atividade reprodutiva e avascular

4- Qual a função do tecido epitelial? 
Tem como função a divisão de organismos em compartimentos, defesa (barreira de proteção contra bactérias, vírus, etc) e absorção de nutrientes (revestimento interno do intestino)

5- Dê características do tecido conjuntivo? 
Grande quantidade de substância intersticial, rico em fibras (colágenos, elásticas e reticulares) e vários tipos celulares.

6- Funções das célualas:
  • Fibroblastosformam fibras. 
  • Macrófagoscélulas ricas em lisossomos (defesa). 
  • Mastócitosprodução de eparina e histamina. 
  • Plasmócitosprodução de anticorpos. 
  • Melanócitosprodução de melanina. 
  • Adipócitos armazenamento de gordura 
7- Quantos e quais são os tipos de tecido conjuntivo e qual a sua função?
São 4, Cartilaginoso, ósseo, adiposo e o sanguíneo. Tem como função ligar, sustentar e preencher espaços entre os órgãos e outros tecidos.

8- Quais são as funções do tecido adiposo?
Reservar energia: as células usam as gorduras para gerar energia; proteger contra o frio: quando impede a perda de calor par o ambiente; amortecedor contra choques mecânicos (pancadas); envolver os órgãos, protegendo-os contra traumatismos durante os movimentos do organismo,

9- Quais são as características do tecido cartilaginoso? 
Célula que o constitui chama-se condrócito; apresenta bastante substância intercelular rica em proteínas, o que faz com que as células fiquem isoladas umas das outras; apresenta fibras colágenas e elásticas; apresentam consistência firme e flexível

10 – Onde se localizam o tecido cartilaginoso? 
Localizam-se nas orelhas, narizes e entre as articulações (onde dois ossos móveis se encontram).

11- Dê características do tecido ósseo: 
Célula característica deste tecido é o osteócito, embora existam outros tipos; apresentam substância intercelular com muitas fibras colágenas e depósitos de sais de cálcio e fósforo (o que dá dureza ao osso);

12- Qual a função dos tecidos ósseos? 
Sustentar o corpo; ponto de apoio para os músculos; proteger órgãos; produzir células do sangue (isto acontece na chamada medula óssea ou tutano); formar o esqueleto o que permite a locomoção do homem.

13- Dê algumas características do tecido sanguíneo? 
Possui diferentes tipos de células que são chamados glóbulos sangüíneos ou elementos figurados, fazem a defesa do organismo livrando-o do ataque de bactérias, vírus, fungos, ácaros, células mergulhadas numa substância interna liquida chamada de plasma que contém água, proteínas e sais minerais.

14-Quais são os glóbulos responsáveis por transporte de gases no sangue?
Glóbulos vermelhos ou hemácias 

15-Quais são os glóbulos responsáveis pela defesa e imunidade do nosso organismo? 
Glóbulos brancos ou leucócitos

16-Quem é responsável pela coagulação no sangue? 
As plaquetas

17-Qual a função Tecido Muscular?
Tem como função a movimentação, ejeção de sangue, peristaltismo, locomoção.

18-Quais são os tipos de tecido muscular?
Liso, cardíaco e esquelético

19-Dê características:

  • Tecido muscular liso: formado por fibras musculares lisas (que são células longa e fusiformes, isto é, gorda no centro e pontiaguda nas extremidades) com um único núcleo central; estas fibras musculares lisas geralmente apresentam cor branca quando agrupadas constituindo órgãos como estômago, intestino, esôfago, traquéia, brônquios, etc; este tipo de tecido muscular tem ação involuntária, isto é, contrai independente da vontade da pessoa; este tecido desempenha diferentes funções dependendo do órgão que está constituindo 
  • Tecido muscular estriado esquelético: formado por fibras musculares estriadas (que são células longas, cilíndricas) com vários núcleos distribuídos perifericamente; apresentam estrias transversais que são faixas mais claras e outras mais escuras, que se formam pela disposição das proteínas chamadas actina e miosina que fazem a contração muscular; este tipo de tecido muscular apresenta contração voluntária, ou seja, (o indivíduo decide se vai ou não contraí-lo) 
  • Tecido muscular estriado cardíaco. formado por fibras musculares estriadas. Seu conjunto forma o músculo do coração conhecido como miocárdio; esta fibra também apresenta estrias (listinhas), porém apresenta um único núcleo central; além disso, essa fibra apresenta ramificações que se comunicam com outras fibras, é um tecido de contração involuntária; responsável pelo batimento cardíaco. 
20- Defina tecido nervoso: 
É formado por uma célula chamada neurônio que são células transformadas em fibras ramificadas, cuja função é transmitir o impulso nervoso

21- Como é dividido o neurônio? 
É dividido em 3 partes: corpo celular que é a região da célula onde está o núcleo; dendritos que são as ramificações curtas desta célula e o axônio que é a ramificação longa do neurônio.

22- O que é Sinapse? 
Passagem de estimulo nervoso de um neurônio para outro (local entre neurônios = sinapse nervosa)

23-Defina sangue:
É um tipo de tecido conjuntivo que tem a substância intercelular liquida
24-Como é composto o sangue?
Plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas
25-O que é o esqueleto? É o conjunto de peças ósseas e cartilaginosas que dá sustentação ao corpo humano

26-Qual a função do esqueleto? Proteger os órgãos internos e participar da movimentação do corpo, servindo de ponto de apoio para a ação

27-Como é contituído o esqueleto? Por diversos ossos e por estruturas associadas, tais como cartilagens, tendões e ligamentos
28-O que é junta óssea?
É o local onde 2 ossos fazem contato
29- Qual são as base nitrogenadas?
Timina, guanina, citosina, uracila, adenina

30- A base nitrogenada exclusiva do DNA é: Timina

31-Como é constituído uma molécula de nucleotídeo?
Por um fosfato, uma pentose e uma base nitrogenada
32- Como o nome que se dá a ligação entre duas bases nitrogenadas?
Ponte de hidrogênio

33-Qual o órgão mais importante na digestão? O intestino delgado

34- Qual é a maior glândula do corpo humano?
Fígado

35-Qual a função do:

  • estomago: armazenar alimento 
  • esôfago: conduzir o alimento para o estomago 
  • dentes: mastigação 
  • intestino delgado: absorção dos nutrientes 
  • fígado: produção da bile

Exercícios de revisão - EJA (noite) IPM

2º FASE (noite) IPM

1) Qual a importância da raiz?
Fixação da planta, absorção e distribuição alimentar, reserva e uso medicinal.

2) Como se divide a raiz?
Caliptra ou coifa, Zona de elongação ou Zona lisa e Zona pilífera ou dos pêlos absorventes

3) Qual a parte da raiz responsável pelo crescimento? Zona de elongação ou Zona lisa

4) Onde fica situada a zona de crescimento da raiz?
Entre a coifa e a zona pilífera

5) Qual a importância do caule?
Sustentação de olhas, flores, etc, condução de substâncias alimentares, alimentar

6) Quais os tipos de raiz?
Raiz aérea, raiz sugadora e raiz tuberosa

7) Qual a função da zona pilífera?
absorção

8) Qual a importância das plantas?
As plantas são extremamente importantes para a continuidade da vida em nosso planeta, sem elas, os demais seres vivos da cadeia alimentar não seriam capazes de obter a energia necessária para sua sobrevivência.
9) Como se classificam as plantas?
Criptógamas e fanerógamas
10) Defina:

a) Criptógamas: plantas que não produzem flores nem sementes
b) Fanerógamas: plantas que produzem flores e sementes

11) Como se divide o grupo das criptógamas?
Talófitas, briófitas e pteridófitas

12) Como se divide o grupo das fanerógamas?
Gimnospermas e angiospermas

13) Descreva e dê exemplo de:

a) Talófitas: criptógamas cujo corpo é um talo, estrutura ñ diferenciada em raiz, caule e folha
b) Briófitas: criptógamas cujo o corpo pode-se apresentar diferenciado externamente em caule e                          folha
c) Pteridófitas: criptógamas que possuem raiz, caule e folhas verdadeiros
d) Gimnosperma: não formam frutos
e) Angiosperma: produzem fruto e conseqüentemente semente

14) Cite duas diferenças entre a célula animal e vegetal?
Parede celular e a presença dos cloroplastos

15) Qual a organela responsável pela fotossíntese?
Os plastos

16) Como se divide o meristema primário?
 Protoderme, meristema fundamental e procâmbio
17) O caule é dividido em 3 regiões distintas, quais são elas?
Nós, entrenós e gemas

18) Como se classifica os caules aéreos ?
Tronco, estipe, colmo, haste, rastejantes e trapadores

19) Caracterize:
a) tronco: caule lenhoso bem desenvolvido e ramificado
b) estipe: caule cilíndrico, alongado e fibroso
c) colmo: caule cilíndrico que apresenta nós e entrenós bem nítidos
d) haste: caule flexível, pouco desenvolvido e clorofilado
e) rastejante: caule que se desenvolve paralelamente ao solo
f) trepadores: podem ser sarmentoso, quando se fixam em um suporte, por meio de gavinhas ou raízes grampiformes ou podem ser solúveis, quando se enrolam em um suporte sem gavinhas
20) Como se classifica os caules subterrâneos? Rizoma, tubérculo e buldo

21) Caracterize:

a) Rizoma: caule subterrâneo que cresce paralelo ao solo
b) Tubérculo: caule subterrâneo e espesso devido ao acumulo de reservas nutritivas
c) Buldo: caule subterrâneo, envolvidos por folhas modificadas (catafilos) que acumulam substâncias nutritivas

22) Qual é o principal órgão da planta responsável por realizar a fotossíntese? A folha

23) Quais são as 3 regiões básicas de uma folha?
Bainha, pecíolo e limbo

24) Caracteriza:

a) Bainha: porção basal e dilatada, que possibilita a inserção da folha ao caule
b) Pecíolo: é a haste flexível que sustenta o limbo
c) Limbo: porção achatada e laminar, que apresenta a maior superfície de absorção luminosa e trocas gasosas

25) Durante o desenvolvimento embrionário de vários vertebrados, observamos nitidamente algumas fases, caracterizadas pelo aparecimento de determinadas estruturas. A sequência correta dessas fases é:
Mórula, blástula, gástrula e neurula

26) Qual a função desempenhada pelo âmnio no desenvolvimento embrionário?
Responsável pela hidratação e proteção mecânica

27) Qual a função da placenta?
Trocas gasosas, trocas metabólicas (nutrição e excreção), imunização fetal e produção de hormônio

28) Qual hormônio produzido pela placenta? HCG – hormônio da gonadotrofina cariônica

29) que fase do desenvolvimento embrionário caracterizada pelo estabelecimento dos três folhetos germinativos (ectoderma, mesoderma e endoderma)?
Gástrula

MATÉRIA 3º FASE (NOITE) IPM

CAPITULO II

Estrutura do DNA 

Os filamentos do DNA são feitos do açúcar e das porções de fosfato dos nucleotídeos, enquanto as partes do meio são feitas das bases de nitrogênio. As bases de nitrogênio nos dois filamentos do par do DNA unem-se, purina com pirimidina (A com T, G com C), e são mantidas juntas por ligações frágeis de hidrogênio.

    Existem 2 tipos de ácidos nucléicos nos seres vivos: o DNA (ácido desoxirribonucléico) e o RNA (ácido ribonucléico). Essas substâncias são formadas por unidades menores denominadas nucleotídeos. Por sua vez, cada nucleotídeo é constituído de um grupo de fosfato, ligado a uma pentose (monossacarídeo com cinco carbonos), que se encontra unida a uma base nitrogenada. 
    Existem cinco tipos de bases nitrogenadas: Adenina, guanina, citosina, timina (exclusiva do DNA) e uracila (exclusiva do RNA). As duas primeiras bases (adenina e guanina) são denominadas purinas e as outras três bases (citosina, timina e uracila) são denominadas pirimidinas. 
Ácido desoxirribonucléico (DNA) 
Essa estrutura é formada por duas longas cadeias de nucleotídeos ligados uns aos outros e possui a forma de uma dupla espiral, parecendo-se com uma escada de cordas retorcidas. Os corrimões dessa escada seriam representados pelo conjunto de fosfasto e pentoses, e cada um dos degraus, por uma dupla de bases nitrogenadas ligadas às pentoses. 
Estrutura do DNA: Além do fosfato, cada nucleotídeo de DNA possui uma pentose denominada desoxirribose e uma base nitrogenada. Sempre ocorre a ligação de uma base purina com uma pirimidina: adenina (A) liga-se com a timina (T) e a citosina (C) une-se à guanina (G). Essas ligações conhecidas como pontes de hidrogênio, por haver uma perde de uma molécula de água (H2O). 

Foto cedida por U.S. National Library of Medicine
O DNA possui uma estrutura semelhante a uma escada caracol. Os degraus são formados pelas bases de nitrogênio dos nucleotídeos, 
onde a adenina forma par com a timina, e a citosina com a guanina.

CAPITULO III
Nutrição e digestão 


Nota. 1.boca; 2. faringe; 3. esôfago; 4. estômago; 5. intestino delgado; 6. intestino grosso; 7. fígado; 8. pâncreas

     A nutrição é o meio pelo qual os sistemas vivos podem continuamente se reabastecer dos seus combustíveis (alimentos). Os alimentos proporcionam ao organismo a energia necessária para a execução de suas atividades.
      A alimentação se define como ato de receber no interior do organismo o alimento do meio externo.A digestão é todo um processo físico (mecânico) e químico, destinados a fragmentar as partículas alimentares a fim de serem assimiladas e utilizadas pelas células. 

  • Processos Físicos
Mastigação, deglutição e peristaltismo 
  • Processos Químicos
Insalivação, quimificação 

     O sistema digestivo humano tem como finalidade capturar, transportar e digerir os alimentos, para depois absorver os nutrientes necessários. 

O sistema digestivo compreende duas partes:
  • Tubo digestivo ---> boca, faringe, esôfago, estômago e intestinos (delgado e grosso)
  • Glândulas Anexas ----> Glândulas salivares, fígado e pâncreas 

Tubo Digestivo 
  • Boca: É uma cavidade natural, forrada por uma mucosa. No interior da boca ocorre a mastigação e a insalivação, constituindo o bolo alimentar. 
  • Faringe: É um canal músculo membranoso que se comunica por uma extremidade com a boca, através do istmo da garganta, e por outra, com o esôfago. A faringe, também se comunica com as fossas nasais, por meio de orifícios chamados coanas (nasofaringe).  A faringe é considerada um órgão duplo, pois dá passagem tanto para o sistema digestivo como para o respiratório. 
  • Esôfago: É um conduto musculoso com aproximadamente 25 centímetros de comprimento, que une a faringe ao estômago. Este conduto, realiza contrações involuntárias que conduzem o alimento para o estômago. Essas contrações constituem o chamado peristaltismo. A parte inferior do esôfago se comunica ao estômago através da válvula cárdia. 
  • Estômago: É uma dilatação do tubo digestivo, cuja finalidade é de armazenar alimentos e realizar a digestão. O estômago está localizado no abdome, logo abaixo do músculo diafragma e encaixando-se a esquerda do fígado. Apresenta uma pequena curvatura superior (côncava) e uma grande curvatura inferior (convexa). O estômago vazio mede de 15 - 20 centímetros de comprimento por 12 - 15 centímetro de largura. Internamente, é revestido pela mucosa gástrica, que possui glândulas que produzem o suco gástrico. Como órgão de absorção, o estômago transfere para o sangue apenas uma quantidade de água, sais, açúcares álcool e algumas drogas. 
  • Intestino delgado: É provavelmente o órgão mais importante da digestão. Nele se processa as principais atividades de absorção das substâncias ingeridas com os alimentos. Anatomicamente, o intestino delgado é um tubo com aproximadamente 6,5 metros de comprimento e 3 - 5 centímetros de diâmetro, estando dividido em 2 partes: duodeno e jejuno - íleo.O intestino delgado se comunica através da válvula íleo-cecal com o intestino grosso. 
  • Intestino grosso: É um tubo que mede aproximadamente 1,70 metro de comprimento e 7 centímetros de diâmetro, que começa na parte inferior direita do abdome. Este tubo está dividido em três partes: ceco, colo e reto. O ceco compreende a primeira porção do intestino grosso, onde encontramos uma projeção com aproximadamente 5 centímetros de comprimento, o apêndice vermiforme. O colo corresponde a parte maior do intestino grosso, onde ocorre a absorção de água e sais minerais que não foram absorvidos no intestino delgado. O reto é um anel cilíndrico com cerca de 15 centímetros de comprimento, cuja abertura denomina-se ânus. Na parte terminal do reto (ânus) localiza-se um anel musculoso denominado esfíncter anal, cujo relaxamento voluntário elimina as fezes 
As Glândulas Anexas

  • Glândulas salivares: São três pares de glândulas localizadas na região da boca, que produzem a saliva, que é importante da digestão, alem de umedecer os alimentos, auxiliando a mastigação. 
  1. parótidas, situadas ao lado dos ouvidos (produz 25% da saliva)
  2. sublinguais, situadas debaixo da língua (produz 5% da saliva)
  3. submaxilares, situadas abaixo da mandíbula (produz 70% da saliva) 
  • Pâncreas:Tem o formato de uma espiga de milho, disposto horizontalmente por trás do estômago. Mede de 10 - 15 centímetros de comprimento e peso médio de 60 gramas, se estende do duodeno ao baço. No pâncreas encontramos conjunto de células que constituem as Ilhotas de Langerhans. Essas células são chamadas de alfas (produzem o glucagon) e betas (produzem a insulina). A insulina estimula a queima de glicose, controlando sua taxa no sangue. É um hormônio hipoglicemiante. O pâncreas produz ainda o suco pancreático, importante na digestão. 

  • Fígado: É a maior glândula do corpo humano, tendo no homem cerca de 1500 gramas, e está dividido em dois lobos: direito (maior) e esquerdo (menor).
É considerado como o órgão que mais funções realiza no organismo, como:
  1. produção da bile (líquido amargo que contém bilirrubina)
  2. formação do glicogênio
  3. produção de células sangüíneas
  4. desintoxicante Na parte inferior do fígado encontra-se a vesícula biliar, bolsa que serve para armazenar a bile. 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Testes clínicos com vacina contra HIV têm 90% de sucesso na Espanha


Trinta voluntários sadios de Madri e Barcelona participaram da pesquisa.
Mesmo com resultado positivo, autores do estudo pedem cautela.

     Uma vacina contra a Aids desenvolvida na Espanha obteve 90% de sucesso em testes iniciais feitos com 30 voluntários de Madri e Barcelona. Apesar dos participantes não terem o HIV em seus organismos, a vacina deixou 90% deles preparados para um possível contato com o vírus que provoca a doença. Essa mesma resistência durou pelo menos um ano em 85% dos voluntários.
      A ideia dos médicos do Hospital Clinic (Barcelona) e do Gregorio Marañon (Madri) foi "treinar" o corpo de pessoas sem a doença para que eles pudessem reconhecer o vírus HIV e células infectadas para atacá-los. Agora, o próximo passo será testar a vacina como terapia para pessoas que já possuem o vírus, mas ainda não desenvolveram a doença.
     Mesmo com o sucesso na primeira das três fases comuns dos testes em humanos, Felipe García, chefe da equipe que conduziu o estudo em Barcelona, afirma que é preciso cautela. Para o médico, o número de voluntário ainda é pequeno para poder dizer se a vacina vai mesmo garantir a defesa permanente do corpo contra o HIV.
    A vacina se chama MVA-B e foi feita a partir de um vírus diferente do HIV. Ao ser enfraquecido, o micro-organismo serviu para produzir uma vacina contra a varíola e agora é muito usado para a pesquisa em outras doenças.
    A letra "B" no nome indica o tipo de HIV mais comum na Europa e que é combatido pela nova vacina espanhola.
   Para montar a vacina, os cientistas espanhóis colocaram quatro genes do HIV dentro do vírus enfraquecido da varíola. Segundo os pesquisadores, a presença desses genes não é suficiente para desenvolver a doença em pessoas sadias. Pelo contrário, ela serve somente para deixar o corpo em alerta para o caso do vírus de verdade entrar dentro do organismo do vacinado.
   Os resultados obtidos pela equipe espanhola foram divulgados nas revistas médicas "Vaccine" e "Journal of Virology". O estudo foi autorizado pelo Conselhor Superior de Investigações Científicas espanhol (CSIC), principal órgão do governo do país voltado para a pesquisa científica.
    A substância já havia sido testada em 2008 em roedores e em macacos. Para Mariano Esteban, cientista do Centro Nacional de Biotecnologia espanhol, a vacina mostrou ser tão boa ou melhor que as outras candidatas atualmente em estudo para combater a doença.
    A Aids já contaminou mais de 30 milhões de pessoas no mundo. Anualmente, 2,7 milhões de infecções pelo vírus acontecem. Dois milhões de portadores morrem todos os anos, após desenvolver a doença.
     No Brasil, entre 1980 até junho de 2010, quase 600 mil pessoas desenvolveram a doença. Quando a Aids começa a agir, células que defendem o corpo contra infecções começam a ser destruídas. Isso leva ao aparecimento de doenças como a pneumonia que matam o portador de Aids por não serem combatidas.

FONTE: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/09/testes-clinicos-com-vacina-contra-hiv-tem-90-de-sucesso-na-espanha.html

ECOLOGIA RELAÇÕES TRÓFICAS

Energia: definições básicas

  • Energia: É a capacidade de realizar trabalho. Esta capacidade pode-se manifestar sob várias formas: radiação eletromagnética, energia potencial ou incorporada, energia cinética, energia química (dos alimentos) e calor. 
  • 1ª Lei da Termodinâmica: (Conservação da energia) A energia pode ser transformada de um tipo em outro, mas não pode ser criada nem destruída. Exemplos destas transformações: luz em calor, energia potencial em cinética. 
  • 2ª Lei da Termodinâmica: (Lei da Entropia) Nenhum processo que implique numa transformação energética ocorrerá espontaneamente, a menos que haja uma degradação de energia de uma forma concentrada numa forma mais dispersa (ou desorganizada). Assim sendo, nenhuma transformação de energia é 100% eficiente. A entropia é uma medida de energia não disponível, que resulta das transformações energéticas. Sua variação é sempre positiva em qualquer transformação
Energia nos organismos vivos
  • Os organismos vivos possuem uma característica termodinâmica essencial: eles conseguem criar e manter um alto grau de ordem interna, ou uma condição de baixa entropia, que é obtido através de processos biológicos contínuos e eficientes de dissipação energética
O ambiente energético da biosfera

  • A luz solar que atinge o topo da biosfera iluminada terrestre chega a uma taxa constante, a chamada constante solar (1.94 cal/cm2.min). Um máximo de 67% da constante solar (~ 1.34 cal/cm².min) pode atingir a superfície terrestre. 
  • A radiação solar sofre consideráveis modificações qualitativas e quantitativas ao atravessar a atmosfera terrestre. Tais modificações são influenciadas por vários fatores dentre eles a topografia, a latitude, o clima bem como composição gasosa da atmosfera. A água e o gás carbônico absorvem ativamente a radiação na faixa do infra-vermelho
Ecossistema: definições

Hoje em dia, uma definição de ecossistema muito usada em Ecologia seria a seguinte: qualquer unidade que inclua a totalidade dos organismos (comunidades) de uma área determinada, que atuam em reciprocidade com o meio físico de modo que uma corrente de energia conduza a uma estrutura trófica, a uma diversidade biótica e a ciclos biogeoquímicos (Odum, 1977). 

Ecossistema: aspectos estruturais

  • substâncias inorgânicas (particuladas, dissolvidas) 
  • substâncias orgânicas (particuladas e dissolvidas) 
  • clima 
  • substrato físico (sólido, líquido e gasoso) 
  • componentes bióticos 
  • produtores 
  • consumidores 
  • predadores 
  • desintegradores 
  • regeneradores 
Ecossistema: aspectos funcionais

  • fluxo de energia 
  • cadeias de alimentos 
  • diversidade (tempo e espaço) 
  • ciclos de nutrientes 
  • sucessão e evolução 
  • controle (cibernética) 
Ecologia trófica

  • O estudo das interações tróficas é essencial para o entendimento do que se passa dentro de um ecossistema. Este tipo de estudo demonstra de modo inequívoco o grau de inter-relações existente entre os organismos e aponta os principais elementos na manutenção da estrutura do ecossistema. 
  • Uma das formas mais tradicionais de se estudar a ecologia trófica está na identificação das rotas alimentares dentro dos ecossistemas. 
a) cadeias alimentares; 
b) teias tróficas;
c) pirâmides energéticas e
d) matrizes tróficas.

Ecologia de processos

  • Eficiências Energéticas: As proporções (ou razões) entre os fluxos de energia em diversos pontos ao longo da cadeia de alimentos, quando expressas em percentuais. Calcula-se com as seguintes variáveis: 
E: excreção
R: respiração
B: biomassa
A: assimilação
I: ingestão

Desenvolvimento Sustentável

  • Desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. 
  • É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. 
  • Harmonia entre desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. 
Como se alcança o desenvolvimento sustentável?
  • O desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos. 
  • Qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem. 
CADEIA ALIMENTAR 

Seqüência de organismos que se relacionam pela alimentação.

Existem basicamente dois tipos de cadeia alimentar: as que começam a partir das plantas fotossintetizantes e as originadas através da matéria orgânica animal e vegetal morta. 

Ex.: PLANTA > HERBÍVORO > CARNÍVORO

NÍVEL TRÓFICO
Posição do organismo numa cadeia alimentar.

PLANTA > HERBÍVORO > CARNÍVORO
1º Nível Trófico 2º Nível Trófico 3º Nível Trófico

Uma cadeia alimentar é uma seqüência linear de seres vivos, uns servindo de alimento a outros, e também é uma simplificação do que acontece nos ecossistemas e, portanto, artificial.

Produtores - São sempre seres autótrofos (que produzem seu próprio alimento), produzem alimento que será usado na cadeia e são obrigatoriamente a base de qualquer cadeia alimentar. A energia transformada a partir da luz solar e do gás carbônico (fotossíntese) será repassada a todos os outros componentes restantes da cadeia ecológica. Os principais produtores conhecidos são as plantas e algas microscópicas (fitoplâncton). 

Consumidores - São os organismos que necessitam de se alimentar de outros organismos para obter a energia, uma vez que são incapazes de produzir seu próprio alimento. Se alimentam dos seres autótrofos e de outros heterótrofos. Como exemplo, os herbívoros e carnívoros. 

Decompositores - São organismos que atuam na transformação da matéria orgânica em matéria inorgânica, fazendo com que estes compostos retornem ao solo para serem utilizados novamente por outro produtor, gerando uma nova cadeia alimentar. Os decompositores mais importantes são bactérias e fungos. Por se alimentarem de matéria em decomposição são considerados saprófitos ou sapróvoros.

TEIA ALIMENTAR
Um conjunto de cadeias alimentares.
Ex.:

Uma teia alimentar pode incluir seres vivos de diversos ecossistemas, é complexa e expressa o que realmente ocorre.


FLUXO DE MATÉRIA E ENERGIA NA CADEIA ALIMENTAR 

A matéria se mantém num ciclo interminável, ora passa por uma fase inorgânica, ora atravessa uma fase orgânica. 
A energia, entretanto, não segue um caminho cíclico. Ela é unidirecional, pois se dispersa dos seres para o ambiente, sob a forma de calor, não mais sendo recuperável pelos organismos.

PIRÂMIDES ECOLÓGICAS
Representações gráficas das relações alimentares de uma comunidade.
Os degraus de uma pirâmide poderão representar:
  • a quantidade de kilocalorias (energia) presentes nos componentes de uma cadeia alimentar, 
  • a Biomassa armazenada em cada nível trófico ou 
  • o número de indivíduos envolvidos na referida cadeia. Portanto existem: 
 PIRÂMIDES DE ENERGIA , PIRÂMIDES DE BIOMASSA , 
PIRÂMIDES DE NÚMEROS

  • PIRÂMIDES DE BIOMASSA: são representadas, em cada nível, pelo peso seco consumido numa cadeia alimentar e expressa a quantidade de matéria orgânica por área.
  São invertidas em ecossistemas aquáticos: 

- onde os produtores são bem menores e consumidos em grande quantidade por consumidores cada vez maiores 
- este tipo de ecossistema só pode existir devido ao alta velocidade de reprodução dos produtores representados ali geralmente pelo fitoplâncton.

  • PIRÂMIDES DE NÚMEROS: mostra o número de indivíduos que existe em cada nível trófico. A largura dos níveis representam o número de representantes de cada espécie naquela cadeia alimentar; é a mais variada.


  • PIRÂMIDES DE ENERGIA: correspondem a energia contida na biomassa de cada nível trófico, assim cada parte da pirâmide terá indicada a energia de um nível trófico. A energia não é acumulada , a medida que vai passando de um consumidor para o outro ela vai diminuindo, e, por isto mesmo não pode ser invertida.