quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Animais têm amizade' parecidas com as humanas

Quando você pensa em amizade, o que vem à sua mente? Ver um filme e dividir uma pizza? Dar algumas risadas bebendo uma cerveja ou dançando?


   Muitos animais demonstram amizades notavelmente semelhantes às humanas, exibindo laços emocionais e comportamentos sociais complexos. Essas amizades podem envolver apoio mútuo, comunicação, jogos e até mesmo comportamentos altruístas.

Exemplos incluem elefantes que demonstram luto pela perda de um membro do grupo, golfinhos que formam laços duradouros e chimpanzés que compartilham brincadeiras e cuidam uns dos outros. Esses relacionamentos indicam que a capacidade de formar vínculos emocionais não é exclusiva dos seres humanos, mas é uma característica compartilhada em várias espécies animais.



https://www.instagram.com/aessenciadaciencia/

terça-feira, 14 de agosto de 2018

'Blecaute alcoólico': casos de amnésia após consumo de bebidas preocupam cientistas


Perda de memória devido à ingestão de álcool é estudado há pouco mais de 20 anos. Pesquisadores relacionam esquecimento à velocidade do consumo.

  Uma amnésia temporária ou duradoura, um descontrole do próprio cérebro e do corpo: assim o "blecaute alcoólico" é descrito por várias pessoas que viveram esse fenômeno. Pouco tratado pela ciência até hoje, ele vem sendo cada vez mais relatado entre os consumidores – mesmo ocasionais – de bebidas alcoólicas.
A estudante de marketing Isabelle H., de 23 anos, frequentava um festival de música com amigos até que, para ela, a festa terminou repentinamente. A garota acordou no dia seguinte em uma barraca, dormindo ao lado de desconhecidos, e sem nenhuma lembrança de quando e como foi parar ali.
"Tudo o que aconteceu continua sendo um mistério até hoje", diz, em entrevista ao jornal Le Monde, ressaltando que não havia consumido uma grande quantidade de álcool: "o mesmo que os outros". Os amigos, aliás, não perceberam que nada anormal acontecia com a garota, que, apesar de não ter consciência, continuou na festa.

"O sentimento que tive era como vemos naqueles desenhos animados, quando o personagem corre até o final de um precipício e cai no vazio", afirma.

   Apesar de ainda não conhecerem todos os detalhes deste fenômeno, os pesquisadores já o definem como "blecaute alcoólico". Ele se difere do coma alcoólico, estágio atingido com o consumo excessivo de álcool, porque, no "blecaute", a pessoa não chega à inconsciência total, afirma à RFI Mickael Naassila, diretor da unidade sobre álcool e farmacodependências da Universidade da Picardia.

"No blecaute alcoólico, nosso cérebro fica incapaz de memorizar novas informações, enquanto continuamos a falar e a agir normalmente. O cérebro simplesmente para de armazenar informações, seja parcial – de determinados momentos de uma noite, por exemplo, – ou totalmente, quando esquecemos completamente tudo o que aconteceu", explica.
   Segundo Naassila, o "blecaute alcoólico" está sobretudo relacionado à rapidez com que bebidas são ingeridas e menos com a quantidade. "Como o organismo de cada um é diferente, o volume de álcool no sangue não segue uma norma para desencadear esse fenômeno. Pode ser entre 1g ou 1,5g por litro de sangue ou até 2g ou 3g por litro de sangue, dependendo da sensibilidade da pessoa", destaca.
   A repetição de bebedeiras também pode resultar em episódios de "blecautes alcoólicos" mais frequentes. O professor da Universidade da Picardie diz ter sido procurado por jovens franceses que praticaram durante um ou dois anos o "binge drinking" – prática que consiste em ingerir grandes quantidades de bebida alcoólica no menor espaço de tempo possível. Em comum entre todos esses depoimentos, a perda de memória mesmo quando o consumo era de uma pequena quantidade de álcool.

"Por isso, os pesquisadores associam o 'blecaute alcoólico' sobretudo à rapidez com que as bebidas são consumidas. Quanto mais rápido se bebe, maior é a possibilidade de desencadear esse fenômeno, afirma.


Estudos recentes sobre o 'blecaute alcoólico'


   A perda de memória relacionada ao consumo de álcool começou a ser abordada há pouco mais de 20 anos por pesquisadores. Em 1995, Donald W. Goodwin analisa a ingestão de bebidas alcoólicas por seus estudantes do primeiro semestre de Medicina e 33% deles dizem ter passado por ao menos um episódio de blecaute. Em 2016, uma pesquisa britânica mostra que 20% dos mais de 2.100 jovens interrogados relatam uma espécie de amnésia depois de ter consumido álcool.


"Há 30 ou 40 anos, pensávamos que episódios de amnésia só aconteciam com os alcoólatras. Mas, recentemente, começamos a perceber que esse fenômeno não acontece somente com quem é dependente de álcool. Quando interrogamos nossos próprios estudantes de Medicina, temos até 40% de uma classe que vai nos dizer que em um período de um ano eles viveram ao menos um episódio de blecaute", afirma o especialista em dependência química.
   Na França, um estudo desenvolvido por Naassila e Olivier Pierrefiche na Universidade da Picardia sobre a questão é ainda mais preocupante. Ao contrário da ideia de que o álcool traz prejuízos à saúde a longo prazo, os pesquisadores conseguiram demonstrar que uma ou duas “bebedeiras” já podem resultar em graves danos para a memória e a aprendizagem.

"Há um mecanismo no cérebro que serve para memorizar e aprender, chama-se plasticidade sináptica. Nossos neurônios têm uma atividade de transmissão do tipo ‘plástica’, o que quer dizer que eles se adaptam – aumentam ou diminuem essas atividades – frequentemente. Percebemos que o álcool modifica esse fenômeno, perturbando esse balanço do cérebro e induzindo os blecautes e a perda de capacidade de memorização", explica.
   Naassila lembra que pesquisadores também já começam a estabelecer a relação entre a quantidade de blecautes e as consequências irreversíveis desses fenômenos para a saúde das pessoas, em termos cognitivos e até mesmo aumentando a possibilidade de desenvolver o alcoolismo mais tarde.


"Além disso, todos sabemos que o álcool, mesmo se consumido em poucas quantidades, é uma droga, que pode desencadear vários tipos de câncer e doenças. Por isso, diminuir o consumo de bebidas alcoólicas é sempre positivo para a saúde, por mais que as autoridades subestimem essa questão", salienta.

15 Fatos curiosos e pouco conhecidos da ciência



1. Um iceberg contém mais calor do que um palito de fósforo acesso. A razão é o tamanho da inclinação do iceberg;

2. Respiração das cavernas. Elas inspiram e expiram uma grande quantidade de ar quando a pressão barométrica da superfície muda, e o ar avança dentro ou fora procurando equilíbrio;

3. Apesar das chances de ser atingido por um meteorito serem bem pequenas, existem de alguns casos documentados: Em 21 de junho de 1994, Jose Martin, da Espanha, estava dirigindo com sua esposa perto de Madrid, quando um meteoro de 1,4 quilogramas bateu em seu pára-brisa, inclinando a roda dianteira e parando no assento traseiro. Martin teve um dedo quebrado enquanto sua esposa saiu ilesa;

4. Quando uma nova abelha rainha aparece na colméia, ela “pia” ( cantando repetidamente um SOL sustenido ou nota LÁ) para incitar suas abelhas subordinadas a brigarem por ela, caso uma outra rainha da colméia queira matá-la;

5. Existe uma hipótese de que o sol tem uma companheira que está a 1 e 1.5 anos luz de distância. Acredita-se que tem uma órbita elíptica que, a cada 26 milhões de anos, envia matéria em direção à Terra causando extinção em massa. A estrela, se existir, é possivelmente uma anã vermelha ou marrom. Seu o nome seria Nemesis ou “Estrela da Morte”;

6. Fulgurito é o nome para um fóssil de relâmpago. Eles são tubos de vidros naturais e côncavos formados de quartzo de areia, ou sílica, e são formadas quando um relâmpago, com a temperatura de pelo menos 1.800°C, derrete instantaneamente a sílica em uma superfície condutiva e gruda os grãos entre si;

7. Quando Anders Celsius (1701 – 1744) criou a escala de Celsius, inventou de forma contrária que, o 0°C seria o ponto de ebulição da água e 100°C seria o ponto de congelamento. Isso foi revertido no ano de sua morte por Carolus Linnaeus;

8. Quando derruba-se bolas de vidro e aço em uma superfície muito dura e rígida, elas irão pular mais alto que bolas de borracha. A razão é que bolas de borracha se deformam no impacto, achatando na superfície e voltando;

9. A 65 milhões de anos, um meteoro colidiu em Chicxulub, no México, causando megatsunamis a milhares de metros de altura. Especula-se que este impacto seria a primeira causa da extinção de dinossauros;

10. O som viaja muito mais rápido no aço do que do ar: O som percorre em 5100 m/s direto do aço, 1480 m/s da água e 330 m/s do ar;

11. A maioria dos icerbergs é de água doce causados pelas geleiras do continente. Alguns icebergs da água do mar existem – e são verdes. Quando um iceberg pega água do mar, cria listras verdes. A água normal congela mais rápido em um iceberg podendo causar listras azuis;

12. O som do estalo de um chicote é na realidade um estrondo supersônico – é porque a ponta do chicote fica mais rápido do que a velocidade do som. O chicote foi o primeiro invento do homem capaz de ultrapassar a barreira do som;

13. Atualmente a Terra está no meio de uma ‘idade do gelo’ que começou por volta de 2,58 milhões de anos atrás. Nós estamos no período interglacial que começou entre 10,000 e 15,000 anos atrás e pode durar mais de 50,000 anos, antes da glaciação global começar novamente;

14. A companhia de software para vídeo game Nintendo começou seus negócios em 1889 como “Nintendo Koppai”. Sua primeira produção? Baralhos;

15. O primeiro reator nuclear do mundo foi construído em uma quadra de squash/tênis debaixo de um estádio de futebol em Chicago, em 2 de dezembro de 1942. Embora só gerasse força suficiente para a acender um holofote, foi provado que a energia nuclear era possível.


segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Por que o ‘cheiro’ da chuva é tão bom?

   Não é só alívio, após um longo período de seca, que faz com que o cheiro da chuva seja tão bom. Há também a química envolvida. Bactérias, plantas e até trovoadas têm influência no aroma de ar limpo e terra molhada que a gente sente após uma tempestade. 
   Conhecido como "petrichor", esse odor tem sido estudado por cientistas e até por fabricantes de perfume.

Terra molhada

     O nome "petrichor" foi cunhado por dois pesquisadores australianos em 1960. A palavra vem do grego "petros", que significa "pedra", e do termo "ichor", que quer dizer "o fluido que passa pelas veias dos deuses".
  Essa fragrância que a gente sente quanto a chuva bate no solo é produzida por uma bactéria.
 "Micróbios são abundantes no solo", explica o professor Mark Buttner, diretor do departamento de microbiologia do John Innes Centre, na Inglaterra.
 "Quando você diz que sente cheiro de terra molhada, na verdade está sentindo o cheiro de uma molécula sendo criada por um certo tipo de bactéria", disse ele à BBC News.



  Essa molécula é o "geosmin", produzido pela bactéria Streptomyces. Presente na maioria dos solos saudáveis, essa bactéria também é usada para produzir alguns tipos de antibióticos.
  Quando as gotas de água caem na terra, fazem com que o geosmin seja lançado no ar, tornando-o bem mais abundante do que antes da chuva.
"Vários animais são sensíveis a esse cheiro, mas os seres humanos são extremamente sensíveis a ele", diz Buttner.
  Os pesquisadores Isabem Bear e RG Thomas, que deram o nome de "petrichor" ao cheiro da chuva, descobriram que na década de 1960 ele já era "capturado" para ser vendido como uma essência chamada "matti ka attar", em Uttar Pradesh, na Índia.
  Agora, o geosmin está se tornando mais comum como ingrediente de perfume.